Nesta segunda-feira 19/7 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral causada pelo novo coronavírus e no processo inflamatório provocado pela covid-19.
O estudo é de fase três e avaliará a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com covid-19 de leve a moderada.
O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, e será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil, onde participarão 12 voluntários do estado de Roraima e 38, de São Paulo.
O que é a proxalutamida?
A proxalutamida é um fármaco produzido para tratar cânceres de próstata e de mama. O medicamento é um bloqueador de hormônios masculinos (antiandrógeno) ainda em desenvolvimento pela farmacêutica chinesa Kintor. O remédio não é aprovado por nenhuma agência reguladora e não é comercializado em nenhum lugar do mundo até o momento.
No começo de março, o nome do remédio — estudado para tratar câncer — começou a ser associado a um possível tratamento da Covid-19. No dia 5 de março, a agência de regulação de medicamentos dos Estados Unidos aprovou o pedido de investigação para uso da proxalutamida em infecções causadas pelo coronavírus.
Nesse domingo 18/7, o presidente Jair Bolsonaro disse que pediria estudos sobre o uso do medicamento no Brasil.
Redação
Fotos: divulgação
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