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26/08/2022




Lula da Silva, ora vejam, é favorável à alternância de poder na Venezuela. Foi o que o candidato petista à Presidência disse a jornalistas estrangeiros no dia 22 passado. No entanto, recorreu ao conceito de “autodeterminação dos povos” para dizer que não deve “se meter” no que acontece na Venezuela. Mais uma vez, Lula foi incapaz de criticar, mesmo de leve, a ditadura venezuelana.

 

 



O conceito de autodeterminação dos povos é a bengala que Lula usa sempre que é instado a demonstrar algum desconforto com qualquer ditadura camarada. É como se dissesse que Maduro está no poder e governa de maneira tirânica porque é isso o que desejam os venezuelanos.

 

 

Ora, um povo exerce a autodeterminação quando é capaz de decidir livremente, por exemplo, sua condição política. Na Venezuela, essa liberdade simplesmente não existe, e as cadeias estão cheias de quem deseja a autodeterminação.

 



É inesquecível a declaração de Lula, dada em 2005, segundo a qual há “excesso de democracia” na Venezuela. Essa diatribe, que figura com destaque na antologia da pouca-vergonha lulopetista, mal disfarça a vocação autoritária da seita de Lula. Para essa turma, a democracia é “excessiva” quando a oposição ousa questionar líderes que tudo fazem pelo “povo”, como era o caso do ditador Hugo Chávez, segundo sugeriu Lula na época.
 


Passado tanto tempo, Lula continua incapaz de reconhecer uma ditadura de esquerda quando vê uma, muito menos de condená-la. Em compensação, arvora-se em salvador da democracia no Brasil, que tem formidável saúde.

 

Editorial Estadão

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<p>Lula se apresenta como 'salvador' da democracia no Brasil, mas é incapaz de condenar uma real ditadura, como a da Venezuela do 'companheiro' Maduro</p>

 
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