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11/08/2021




Redação

 

No interior e capital do Amazonas, foram registrados 50.752 processos relacionados à Lei Maria da Penha, de 2006 (ano de promulgação da lei) a 2021. Ao longo desse período, o maior quantitativo de processos que deram entrada na Justiça amazonense foi registrado no ano passado, com 18.972 processos, conforme os dados apurados pelo Núcleo de Estatística e Gestão Estratégica doTribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

 

 

 

 

 

 

Nesse sentido, o TJAM anunciou que realizará, de 16 a 20 deste mês, a “18.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”, ação que visa a ampliar a efetividade da Lei “Maria da Penha” (Lei n.º 11.340/2006) - que completou 15 anos de existência no último dia 7 - concentrando esforços para agilizar o andamento de processos relacionados à violência de gênero.

 

 

A “Semana Justiça pela Paz” é um esforço concentrado dos Tribunais de Justiça de todo o País, com três edições por ano – em março, marcando o dia das mulheres; em agosto, por ocasião do aniversário de sanção da “Lei Maria da Penha”; e em novembro, em alusão ao dia 25 desse mês, estabelecido pela ONU com o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher.

 

 

O programa também promove ações interdisciplinares que objetivam dar visibilidade ao tema da campanha e sensibilizar a sociedade para a realidade violenta que as mulheres brasileiras enfrentam.

 

530 audiências pautadas

 

Na capital, os três Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“Juizados Maria da Penha”) pautaram um total de 530 audiências, entre presenciais e remotas (por videoconferência), tendo em vista que, em razão da pandemia de covid-19, as unidades judiciais ainda estão funcionando com restrição de público. Além das audiências judiciais, a ação também contará com atividades multidisciplinares de orientação e acolhimento.

 

 

O 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Maria da Penha), que tem como titular a juíza Ana Lorena Gazzineo, pautou, até o momento, 200 processos para audiência, distribuídos em uma sala virtual e duas presenciais.

 

 

No 2.º Juizado Maria da Penha, que tem como titular a juíza Luciana da Eira Nasser, o montante de audiências é de 229 pautadas, sendo 8 de retratação e 221 de instrução. A unidade judiciária também vai realizar, paralelamente, 221 audiências de acolhimento.

 

 

No 3.º Juizado, que tem à frente o juiz Reyson de Souza e Silva, serão 101 audiências, entre presenciais e remotas. Além dessas, estão programadas, também, 104 audiências da equipe multidisciplinar.

 

 

Celeridade é um desafio

 

Segundo a vice-presidente do TJAM e coordenadora do Comitê da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, do Tribunal, desembargadora Carla Reis, “imprimir celeridade aos processos que tratam da violência de gênero é um desafio que o Tribunal de Justiça do Amazonas tem buscado enfrentar permanentemente e as edições da 'Justiça pela Paz em Casa' têm sido uma ferramenta importante nesse esforço".

 

 

 Ela ressalta, ainda, que estudos têm apontado que, no contexto da pandemia de covid-19, houve um crescimento do número de casos de violência contra a mulher, os quais podem estar relacionados ao fato de que as vítimas passaram a ter um convívio mais longo com os agressores, em razão do isolamento social. “Diante desse cenário, o esforço concentrado que será realizado pelos tribunais de todo o País na próxima semana ganha ainda mais relevância”, acrescentou a magistrada.

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<p>Justiça do Amazonas registra 18.972 processos relacionados à Lei Maria da Penha em 2020, o maior quantitativo em 15 anos</p>

 
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