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Wilson Lima concede licença para exploração de potássio em Autazes



Wilson Lima concede licença para exploração de potássio em Autazes

09/04/2024




O governador Wilson Lima entregou, nesta segunda-feira (08/04), a primeira licença ambiental para instalação do Projeto Potássio Autazes. Já na fase de instalação da atividade, devem ser gerados de forma direta 2,6 mil postos de trabalho.

 

 

Foto: Diego Peres e Mauro Neto / Secom

 

 

 Na fase de operação da Mina de Silvinita, que será a maior do país. No total, a nova matriz econômica vai proporcionar mais de 17 mil postos de trabalhos diretos e indiretos no estado quando estiver em operação.

 

 

“A implantação de uma atividade como essa gera indicadores sociais, qualidade de vida para os indígenas, oportunidade de trabalho, de emprego, de renda, avanço no saneamento, no abastecimento de água, asfaltamento de ramais, educação, saúde, enfim, aquilo que é importante para que se possa ter um lugar melhor para se viver“, destacou Wilson Lima, em evento na sede do Governo do Estado.

 

 

O governador também destacou a importância do empreendimento para o povo Mura, que vive na região e terá as terras indígenas preservadas, além de serem beneficiados com o crescimento socioeconômico local. Ele reforçou, ainda, o compromisso do Estado em fiscalizar e cobrar que a empresa Potássio do Brasil cumpra todos os requisitos ambientais necessários para a atividade.

 

 

A licença foi concedida à empresa responsável pelo projeto, que anunciou a descoberta em 2010, após obter autorização para prospectar a área. Para conceder a licença, o Governo do Amazonas considerou todas as condicionantes ambientais vigentes.

 

 

Cuidado ambiental

 

Em 2009, houve a concessão da área pela Agência Nacional de Mineração para a Potássio Brasil. Cerca de 15 anos depois, as condicionantes ambientais exigidas para a atividade garantem que a exploração do potássio no Amazonas será uma das mais verde do mundo, incluindo o baixo carbono emitido na operação. A exploração é importante economicamente não só para o Amazonas, mas para o Brasil como um todo ao abastecer parte do mercado nacional e reduzindo o percentual de importação.

 

 

“Hoje a gente pode dizer que o Amazonas tem um projeto de mineração sustentável, sendo iniciado a partir deste evento. Com essa licença de instalação a gente vai fazer com que ela vá para frente e que esses números e resultados se tornem realidade na maior brevidade possível. Muito obrigado a toda equipe do Governo do Estado“, informou o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit.

 

 

“Nosso povo vem de muitas lutas e muita raça. Agora, estamos aqui diante desse momento histórico. Esse empreendimento vem para nos beneficiar e era esperado há muitos anos. Seguimos todos os protocolos, cumprimos todas as regras e daqui para frente só espero muito sucesso para o nosso povo indígena”, disse o coordenador do Conselho Indígena Mura, Kleber Mura.

 

Licença

 

A autorização para a instalação da chamada lavra subterrânea (retirada do minério abaixo do solo) é emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que seguirá em análise de outras atividades e serviços que deverão ser desenvolvidas pela empresa.

 

 

“O papel do Ipaam é garantir que todos os requisitos do licenciamento estejam garantidos na condição de autorizar a atividade. É um marco histórico para o Governo do Estado, porque viabiliza uma matriz econômica que, eu aponto que depois da Zona Franca de Manaus, é o segundo maior ‘boom’ da economia do Amazonas”, disse o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente.

 

 

Com validade de três anos, a licença ambiental de instalação autoriza a construção da parte administrativa e funcional do complexo, incluindo as minas subterrâneas que terão 800 metros de profundidade para a extração do potássio por meio de um sistema de alta tecnologia e sem qualquer influência no modo de vida da superfície.

 

 

Mercado de potássio

 

O Cloreto de Potássio é um dos minerais mais importantes para indústria de fertilizantes agrícolas do mundo. Com a fase de operação prevista para durar mais de 23 anos, o Projeto Potássio Autazes permitirá maior competitividade do produto feito na região em relação ao produto importado.

 

 

O volume de 20% de cloreto de potássio que a produção do Amazonas vai atender corresponde a média de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel são alguns dos países que atendem a demanda do Brasil atualmente.

 

 

Entre as vantagens para o agricultor brasileiro, como dos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, estará o acesso a um produto de alta qualidade, de forma mais rápida e com menores custos. Ao agricultor do Amazonas, os preços serão mais baixos em relação aos praticados atualmente na região em função da proximidade.

 

 

95% do potássio usado no Brasil vem do exterior

 

O potássio é matéria-prima para a produção de fertilizantes e, com produção realizada no Amazonas, passará a ser a maior do país, atendendo 20% da demanda nacional e reduzindo a importação do minério.

 

 

Em um vídeo enviado ao governador, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, lembrou que 95% do potássio usado no Brasil vem do exterior e ressaltou que a produção brasileira será fundamental para fortalecer a segurança alimentar mundial.

 

 

“O setor agrícola do Brasil alimenta, aproximadamente, 1 bilhão de habitantes na face da terra. Isso quer dizer que nós vamos reduzir a nossa dependência externa desse mineral que é decisivo para a nossa produção”, afirmou Jungmann, que enviou o diretor de Relações do Ibram, Alexandre Valadares, para representá-lo no evento.

 

 

Com informação da Agência Amazonas

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