O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou nesta segunda-feira (13), em Manaus, o novo modelo de urna eletrônica a ser utilizado no país.
Com a presença do presidente do TSE, ministro Luis Barroso, o lançamento do equipamento foi realizado na empresa Boreo Indústria de Componentes, subsidiária da Positivo Tecnologia, responsável pela produção de peças da urna.
Entre as novidades do modelo estão maior duração da bateria e um processador 18 vezes mais rápido que o último modelo de 2015, segundo o TSE.
A bateria é do tipo Lítio Ferro-Fosfato, que deve reduzir custos de conservação por não necessitar de recarga.
A expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna. O terminal do mesário passa a ter tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque.
Isso deve favorecer maior celeridade na identificação do eleitor, reduzir filas e, consequentemente, eleitores em seções eleitorais. Enquanto uma primeira pessoa vota, outra pode ser identificada pelo mesário.
A mídia de aplicação é do tipo pen-drive, o que possibilita maior flexibilidade logística para os TREs na geração de mídias.
Segurança
O TSE voltou a ressaltar que as urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth.
Dessa forma, para que fosse possível fraudar o equipamento, seria necessário superar mais de 30 barreiras de proteção. "Não tem como atacar a urna, pois ela não está na rede", lembrou o ministro.
Produção em Manaus
O ministro explicou que o processo eleitoral é composto por etapas, sendo a atual a produção das placas mãe do terminal do mesário e do eleitor. “As placas estão agora em uma produção em larga escala em Manaus. Eu vim visitar a fábrica onde a placa mãe da urna eletrônica está sendo fabricada. Serão 225 mil novas placas”, disse o presidente do TSE.
De acordo com Barroso, a fabricação do equipamento ocorre em Manaus em razão dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus. Ainda segundo ele, a montagem das urnas, cujas peças são grandes, é feita em Ilhéus, na Bahia, por conta da logística de distribuição.
O presidente do TSE defendeu a segurança das urnas. “As urnas eletrônicas nunca entram em rede. Não estão acessíveis remotamente. Não há como hackeá-las”, disse Barroso. “O código fonte dos programas são desenvolvidos, inspecionados por entidades e partidos, depois são lacrados. A partir daí, aquele programa não pode ser adulterado”, completou.
Redação
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