No segundo dia da guerra, a Rússia segue ampliando a invasão contra a Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram nesta sexta-feira (25) que esperam pelo “dia mais difícil da guerra”. A capital, Kiev, espera pela chegada de tropas russas.
As sirenes voltaram a ser acionadas
Há ao menos 137 mortos e mais de 300 feridos nos dois primeiros dias de conflito, segundo autoridades ucranianas.
O assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Herashchenko, afirmou que as forças de Kiev estão prontas para a defesa com mísseis antitanque fornecidos por aliados estrangeiros. Novas explosões foram ouvidas na capital nesta madrugada.
Autoridades de inteligência dos EUA estão preocupadas que Kiev possa cair sob controle russo dentro de dias, segundo relataram duas fontes familiarizadas com as informações mais recentes à CNN.
Em novo vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu resistência à invasão russa e criticou os aliados da Ucrânia.
Sanções não são suficientes
“Nesta manhã, estamos defendendo nosso país sozinhos. Assim como ontem, o país mais poderoso do mundo olha de longe”, disse Zelensky, parecendo se referir aos Estados Unidos.
“A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar as tropas estrangeiras de nosso solo. Às 4 da manhã, as forças russas resumiram seus ataques com mísseis no território da Ucrânia”, declarou.
Repórteres da CNN em Kiev e Lviv, cidade no oeste do país, ouviram sirenes de ataque aéreo durante vários minutos por volta das 7 horas, no horário local (2 horas no horário de Brasília).
Ocidente
As ações de países ocidentais contra a Rússia em razão da invasão da Ucrânia iniciado nesta quinta-feira (24) não devem prejudicar o país presidido por Vladimir Putin, na avaliação de Tito Lívio Barcellos, geógrafo pela USP (Universidade de São Paulo) e mestre em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Estratégicos da UFF (Universidade Federal Fluminense).
E isso tem relação pela influência que a Rússia construiu nos últimos anos com diversas nações.
"A Rússia se tornou mais resiliente. É um país com US$ 640 bilhões [R$ 3,3 trilhões] em reservas, com uma dívida pública em relação ao PIB muito baixa", diz o geógrafo, estudioso da situação na região.
Além disso, a Rússia tem promovido a relação com uma série de países, que, neste momento, estão adotando uma postura de neutralidade ou de pedido para que se observe o ponto de vista do governo russo, como a Índia.
Os russos também têm boas relações com China, Brasil, Argentina, países do Oriente Médio, da África e da Ásia.
Segundo dia
*Os ataques da Rússia contra a Ucrânia entraram no segundo dia. Putin ordenou que as forças russas invadissem completamente o país por terra, ar e mar
*A capital Kiev se prepara nesta sexta-feira para a chegada de tanques russos. Repórter da CNN relatou som de bombas
*O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu mais ajuda dos aliados e disse nesta sexta (25) que os ucranianos estão defendendo o país “sozinhos”
*Países da Europa Central esperam receber muitas pessoas que estão fugindo da Ucrânia
*A Uefa decidiu retirar a final da Liga dos Campeões que aconteceria na Rússia em 28 de maio; Paris foi escolhida para receber o evento
*Em retaliação à decisão do Reino Unido, a Rússia proibiu companhias aéreas britânicas de pousar em seus aeroportos ou cruzar seu espaço aéreo
*Países da Europa acionaram o Artigo 4º da Otan para lançar consultas sobre a situação — o que poderia desencadear uma resposta conjunta
*Níveis de radiação aumentaram após soldados russos tomarem a Usina de Chernobyl
*Assessor do gabinete presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, disse que o objetivo de Putin é matar o presidente Zelensky
*China rebateu críticas de Biden e disse que mantém “comércio normal e cooperação com a Rússia”
*Inteligência dos EUA acredita que Kiev pode cair em dias para as forças russas
Com informação da CNN e VOL
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