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Putin suspende acordo com os EUA para o controle de armas nucleares 



Putin suspende acordo com os EUA para o controle de armas nucleares 

22/02/2023




O presidente russo, Vladimir Putin, lançou o desafio ao Ocidente na terça-feira, sob aplausos, ao garantir que nada impedirá sua guerra porque considera a Ucrânia "território histórico da Rússia".

 

 

Foto: divulgação

 

O presidente, que encerrou seu primeiro discurso desde 2021 perante a Assembleia Federal, antes da invasão, com a frase "a verdade está conosco", também anunciou a suspensão do último acordo de controle de armas nucleares com os Estados Unidos.

 

O presidente insistiu que seu objetivo vai além do controle da região de Donbass (no leste) porque "o objetivo do Ocidente é tirar da Rússia os territórios históricos que hoje são chamados de Ucrânia".

 

Durante seu discurso de quase duas horas, Putin anunciou a suspensão unilateral do acordo New Start, em um cenário já marcado pela ameaça nuclear em torno da guerra na Ucrânia.

 

“A Rússia não abandona, não. Congela temporariamente” sua participação no pacto, afirmou o presidente, que qualificou a exigência dos Estados Unidos de supervisionar seus arsenais atômicos como um “teatro do absurdo”.

 

Essa é uma das principais obrigações do tratado, assinado pelos governos dos dois países em 2010 para a redução e controle de armas estratégicas, mas Moscou não permite desde a pandemia de 2020.

 

 "Sabemos que algumas armas nucleares estão próximas de sua data de vencimento nos EUA”, acrescentou o presidente russo, que exigiu a volta do acordo que inclui Reino Unido e França.

 

Donos do 90% das armas nucleares do mundo

 

O tratado foi prorrogado em 2021 até 2026, embora o Kremlin tenha sugerido em janeiro que poderia abandoná-lo assim que a extensão expirasse.

 

Já em setembro de 2022, Moscou havia exigido esclarecimentos do Pentágono sobre sua alegação de que várias plataformas de armas nucleares, incluindo dezenas de bombardeiros B-52 e quatro silos de mísseis intercontinentais, haviam sido convertidas para outros fins. No total, ambas as potências respondem por 90% das armas nucleares do mundo.

 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chamou o anúncio de Putin de "muito decepcionante e irresponsável".

 

"Mas, obviamente, continuamos prontos a qualquer momento para conversar com a Rússia sobre a limitação de armas estratégicas", acrescentou ele a repórteres na Embaixada dos Estados Unidos em Atenas. Enquanto isso, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, instou Putin a "reconsiderar" sua decisão de suspender o tratado, "desmantelando assim toda a arquitetura de controle de armas", relata Silvia Ayusode Bruxelas.

 

“Mais armas nucleares e menos controle de armas tornam o mundo um lugar mais perigoso. E é por isso que nós da OTAN temos trabalhado tanto para incluir a Rússia nas questões de controle de armas, e é por isso que os aliados da OTAN apoiam o Novo START. Por esta razão, peço à Rússia que reconsidere sua decisão", disse Soltenberg em declarações com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, e o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell.

 

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, garantiu que a Rússia continuará cumprindo os limites de ogivas nucleares estabelecidos pelo tratado e culpou os Estados Unidos pela suspensão. Moscou não se recusará a retomar a participação no acordo se Washington mudar sua política em relação à Rússia, acrescentou Lavrov.

 

 

Com informação do jornal El País

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