A Ordem dos Advogados de Santa Catarina repudiou a repreensão do desembargador Elci Simões, da 2ª Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Amazonas, à advogada catarinense Malu Borges Nunes. O choro do filho recém-nascido dela incomodou o magistrado durante sessão por videoconferência nesta segunda-feira (22).
“A OAB/SC manifesta solidariedade à advogada e mãe Malu Borges Nunes pelo constrangimento enfrentado quando do exercício da advocacia, que teve ainda a ética questionada diante do ocorrido”, diz a entidade em nota.
Duas outras entidades representativas de advogados e advogadas manifestaram solidariedade a Malu Nunes.
“Sentimos pela falta de sensibilidade por parte do ser humano, e, mais ainda, pelo desconhecimento das leis vigentes 8.906/1994 e Lei nº 13.363/16, respectivamente Lei Federal/Estatuto da Advocacia e da lei que estipula direitos e garantias à advogada gestante, lactante, adotante e parturiente”, manifestaram-se a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas e a Comissão Nacional da Mulher Advogada da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas.
Precisava amamantar a criança
A advogada que foi repreendida por um desembargador após a filha começar a chorar em uma audiência virtual disse que havia pedido para ser ouvida primeiro na sessão, pois precisa amamentar a criança. Segundo Malu Borges Nunes, de 29 anos, que é de Santa Catarina, a solicitação foi negada durante a audiência.
Após a repercussão das falas do magistrado Elci Simões, a defensora disse que se sentiu ofendida. Nas redes sociais, na terça-feira (23), a advogada agradeceu a atenção e o carinho que recebeu após o caso ser divulgado nas redes sociais.
Redação
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