O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (21/9), durante discurso na abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU em Nova York, que o Brasil é referência em preservação ambiental. Ele também defendeu o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, que não possui comprovação científica.
Foto: divulgação
Tradicionalmente, o chefe de Estado brasileiro é o primeiro líder nacional a discursar neste evento das Nações Unidas. O presidente abordou em seu discurso temas como o agronegócio brasileiro, o meio ambiente e as ações do governo federal no combate à pandemia.
Ao mencionar o combate à Covid-19, Bolsonaro destacou a campanha de vacinação brasileira e afirmou que o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e “mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta”.
No púlpito da ONU, Bolsonaro também se posicionou contrário à adoção do passaporte de vacina. “Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, disse.
O tratamento precoce
Ao mencionar o ‘tratamento precoce’, o presidente disse defender “a autonomia do médico”. “Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label.”
Diante de outras nações presentes na Assembleia-Geral, Bolsonaro afirmou ainda não entender “porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial”. “A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, disse.
Citando o Brasil como referência em preservação ambiental, o presidente afirmou que “nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa”.
O presidente brasileiro citou percentuais de preservação de biomas e afirmou que quer acelerar a discussão sobre o chamado “mercado de carbono”, em que países mais industrializados comprariam “créditos de carbono” de outras nações, para compensar as suas emissões.
Financiamento
“Esperamos que os países industrializados cumpram seu compromisso com o financiamento do clima”, disse Jair Bolsonaro.
Em sua terceira fala à Assembleia-Geral, o presidente brasileiro não deixou de mencionar os atos de 7 de Setembro e afirmou que “o Brasil vive novos tempos”.
“No último 7 de Setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”.
Economia
“Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes”, disse Bolsonaro. Ele ainda destacou as ações do governo federal voltadas à economia durante a pandemia, como o auxílio emergencial “para atender aqueles mais humildes”.
Bolsonaro também citou brevemente a situação do Afeganistão após a tomada do Talibã. Segundo ele, o governo federal concederá visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e jovens afegãos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi o segundo chefe de Estado e discursar no evento da ONU. Em sua fala, Biden afirmou que “esta é uma década decisiva para nosso mundo”.
Com informação da CNN Brasil
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