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Nação azulada do boi Caprichoso se encanta no ensaio técnico



Nação azulada do boi Caprichoso se encanta no ensaio técnico

29/06/2023




No centro da Arena do Bumbódromo, o apresentador Edmundo Oran iniciou, exatamente às 20h37 desta quarta-feira (28), o último ensaio técnico de arena do Boi-Bumbá Caprichoso.

 

 

Caprichoso entrou na arena (Foto: Jeiza Russo)

 

 

Evocando o tambor da ancestralidade do marujeiro Bacurí, Edmundo, avisou que o tambor iria rufar. O bailado corrido já se posicionava atrás aguardando o início da toada.

 

 

O levantador de toadas, Patrick Araújo, que domina os vocais com maestria e tranquilidade de um veterano, levantou a galera que compareceu em massa com a toada “Chamada do Boi 2023/Pode Avisar”.

 

 

Ato 1: Ypuré - A caçada da ganância

 

O amo do boi, Prince do Caprichoso, começa a versar para iniciar a primeira parte. Oran usa toda a teatralidade para explicar e contextualizar a lenda indígena ‘Ypuré -  A caçada da ganância’, sobre uma criatura em forma de senhora criada por Anhangá responsável por punir os homens gananciosos.

 

 

Tomada por povos indígenas que marcam o passo para a chegada da cunhã-poranga, Marciele Alburquerque, a item 9 do boi azul evolui ao som da toada "Guerreira das Lutas”, com passos firmes e fortes já característicos e conhecidos da galera.

 

 

Ato 2 - O brado do povo guerreiro

 

Começa a exaltação cultural com a toada tema do álbum 2023. O boi Caprichoso adentra à arena junto do casal de Pai Francisco e Mãe Catirina para evoluir ao som da toada “Estrela da Evolução”, conduzido pela tripa, Alexandre Azevedo.

 

 

 Vestida com um lindo vestido azul claro e branco, cravejado de brilhantes, Valentina Cid, a sinhazinha da fazenda, evolui ao som da toada Bela Valentina. Com bastante leveza conduz a sombrinha e no solo de piano mostra toda a sincronia com o boi.

 

 

 O amo do boi novamente é convocado para tocar o berrante para tirar mais um verso. Ele conduz a vaqueira ao som da toada “Vaqueiros da Floresta”, de 2000. Alexandre Azevedo mostra toda desenvoltura ao conduzir o Caprichoso pela arena.

 

 

Até esse momento do ensaio, o boi Caprichoso demonstrou que vem para disputar o bicampeonato. O ensaio segue com o mesmo rigor técnico visto em dias de apresentações oficiais. A arquibanca do lado Garantido também já está tomada de torcedores azulados.

 

 

Ato 3 - Terra indígena

 

Os povos indígenas são convocados para o terceiro ato do Boi Caprichoso.  A toada “Brasil - Terra Indígena” dá o tom para o corpo de dança preencher a arena em um grande dabacurí tribal, no terceiro ato da apresentação.

 

 

Acompanhados do pajé Erick Beltrão, a coreografia segue com o ritual “Yreruá - A festa do guerreiro” e com cajados o grupo coreografado encena o ato mais esperado da temporada. A tribo encerra a coreografia com o indígena Yreruá subindo na haste para “pegar a cabeça do inimigo”.

 


 

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Ato 4 - Suraras do Beiradão

 

 Como figura típica regional as guerreiras Suraras são convocadas para a arena e mostrar a musicalidade indígena com maracás, tambores e bandolim.  Elas dividem os vocais em um dueto com o levantador de toadas Patrick Araújo.

 

 

 A porta estandarte, Marcela Marialva, evolui com a toada “Estandarte da Nação” e mostra toda garra ao conduzir a flâmula do Boi Caprichoso. A Furacão Azul usa altos, o joelho e ergue o pavilhão ao evoluir na frente da arquibancada azul.

 

 

Marcela Marialva mostrou toda garra ao conduzir a flâmula do Boi Caprichoso como porta estandarte (Foto: Malu Dacio)

 

 

Ato 5 - Povos Indígenas

 

 O momento tribal do boi Caprichoso segue com a toada “Tuiçaua - A dança das Morubixaba” e participação de Marciele Albuquerque e Erick Beltrão.  Em perfeito alinhamento a tribo convoca a galera azul a bater palmas em perfeita sincronia.

 

 

 A lenda indígena “Aningal”, de 2009,  dá o tom  da próxima encenação. A rainha do folclore, Cleise Cimas, mostra todo o bailado de realeza ao som de “Deusa da Cultura Popular”. Edmundo Oran convoca a galera a chamar pela rainha em um coro de “bela, deusa que impera. A falange ela lidera”.

 

 

 Prince do Caprichoso mais uma vez é chamado a versar. “A corja que vive no teu boi só quer dinheiro. Cultura não. Tentam ganhar de qualquer jeito para esconder a sujeira e a podridão”, diz os versos do amo do boi para o Garantido, tachado pelo amo de “maior ladrão da história”.

 

 

Ato 6 - Yreruá - A festa do guerreiro

 

O ápice do ensaio de hoje (28) está no ritual indígena, Yreruá - A festa do guerreiro. Edmundo Oran com uma interpretação cênica, utiliza da primeira pessoa para convocar todos os parintinenses para “dançar com a cabeça do inimigo”, em alusão à toada.

 

 

O pajé Erick Beltrão surge na arena como um grande curandeiro transcendental. Ele evolui o som da toada “Maraka’yp”  acompanhado do corpo de dançarinos. Destaque para a expressão facial e nos lábios que murmuram uma reza de cura. A evolução termina com ele erguido pelo corpo de baile.

 

 

 A toada “Feito de Pano e Espuma” cantada por Patrick Araújo e interpretada pelo coral de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro de Parintins cria uma atmosfera azul de emoção.

 

 

E mais uma vez as tribos são convocadas para adentrar na arena. A coreografia da lenda indígena “Pavu Marauna” de 2008 surpreende pela coordenação, movimentos inovadores em formar um escorpião humano.

 

 

“A chegada do boi 2023/Pode Avisar” avisa que o Ensaio encerrou por volta de 23h30. As tribos continuam sendo o forte do boi Caprichoso. Os itens individuais estão alinhados e a marujada está cadenciada rumo ao bicampeonato.

 

 

Com informação do ACritica

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