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Moraes suspende julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro no TSE



Moraes suspende julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro no TSE

23/06/2023




O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, suspendeu o julgamento da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (22). O caso será retomado na próxima terça-feira (27), às 19h.

 

 

Bolsonaro questionou a integridade do sistema eleitoral brasileiro em reunião com embaixadores

 

 

A suspensão foi declarada após a leitura do relatório pelo ministro Benedito Gonçalves, corregedor-eleitoral do TSE e a arguição dos advogados de acusação e defesa, Walber de Moura Agra e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, respectivamente. 

 

 

Bolsonaro foi acusado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) de utilizar o aparato público para favorecer a si mesmo no processo eleitoral do ano passado. O que motivou a ação foi a realização de reunião de Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho do ano passado, bem como sua ampla divulgação, pela TV Brasil e pelas redes sociais do ex-presidente. 

 

 

No relatório, o ministro Benedito Gonçalves afirma que as declarações feitas por Bolsonaro durante reunião foram "danosas". Na ocasião, Bolsonaro "atacou a Justiça eleitoral e o sistema eletrônico de votação", o que convergiu "com a estratégia de sua campanha" à reeleição.  

 

 

A reunião "deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação", afirmou Gonçalves durante a leitura de seu relatório. Segundo o documento, Bolsonaro questionou a integridade do sistema eleitoral brasileiro pelo menos 23 vezes somente em 2021. 

 

 

"A conduta caracteriza desvio de finalidade no exercício do poder discricionário outorgado ao agente público que foi utilizado para de fins eleitoreiros. O uso da condição funcional de presidente da República para manifesto desvio de finalidade reunindo embaixadores de países estrangeiros e difundir fake news contra o processo eleitoral amolda-se ao abuso de poder político. Foi também utilizado o aparato estatal em favor da candidatura, pois a reunião foi realizada no Palácio do Alvorada e transmitida pela TV Brasil ligada à empresa pública", afirmou Gonçalves ao ler o seu relatório aos outros ministros.  

 

 

Com informação do Brasil de Fato

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