A Mocidade Independente de Aparecida é a grande campeã do Grupo Especial do Carnaval de Manaus, com 268.7 pontos. A agremiação evoluiu com o tema “Vitae - uma visão da água como fonte de vida’.
Foto: Paulo Bindá / A Crítica
Em segundo lugar, com 268.5 pontos ficou A Grande Família, cujo samba enredo foi “Eirunepé - Um Cordel Amazônico”. Com a mesma pontuação, mas em terceiro lugar, ficou a Reino Unido da Liberdade, que levou o enredo ““Bate forte o tambor, ‘furiosa’. Eu quero é Tic-Tic-Tac! A Reino Unido abre as cortinas para Zezinho Corrêa”.
A disputa foi acirradíssima. A Aparecida largou na frente, chegou a ser ultrapassada pela Reino Unido e, no final, A Grande Família apareceu à frente em uma parcial e ameaçou o título da Aparecida, que recuperou no final e conseguiu a vitória.
“A gente tá meio nervoso porque foi uma disputa acirrada, mas isso é carnaval. Carnaval forte com escolas fortes. Não adianta ter só uma, duas, três disputando o título. Todas tem que disputar”, afirmou o presidente da Aparecida, Luiz Pacheco.
Este foi o 24º título da história da Aparecida, e o segundo consecutivo. Dos 24 títulos, uma figura fez parte de 22 deles: Carlão da Mocidade, histórico intérprete da escola. Ele retornou este ano, mesmo com problemas de saúde, e foi pé quente para a Soberana.
A tecnologia também foi utilizada pela escola de samba. Um telão de LED gigante foi utilizado como parte do desfile. Foto: Junio Matos
Apuração acirrada
A Aparecida conseguiu a pontuação máxima em três quesitos: comissão de frente, que contou com as coreografias de Gandhi Tabosa, do grupo Gandhicats, Enredo e Fantasia. Curiosamente, A Grande Família, que ficou em segundo lugar, obteve nota máxima em cinco quesitos: Bateria, Comissão de Frente, Enredo, Evolução e Harmonia.
Porém, a escola da Zona Leste de Manaus perdeu pontos preciosos em quesitos como Fantasia e também Alegorias e Adereços. Aí, pesou a regularidade da Aparecida, que conseguiu um desempenho mais uniforme nos demais itens e acabou conquistando a vitória.
“A Aparecida é isso. Ela nunca veio e nunca virá apenas para desfilar. Ela vem para disputar o título. Foi acirrado? Foi. Por isso que foi bonito”, afirmou o presidente da agremiação.
Foto: Junio Matos
Derrotados? Nem tanto
O segundo lugar obtido pela Grande Família foi motivo de grande comemoração por parte da escola da Zona Leste de Manaus. Houve grande festa nos corredores do Sambódromo com o troféu de segundo lugar.
“Encontramos uma casa totalmente desarrumada e corremos atrás para as coisas darem certo. E graças a Deus o resultado é esse. Para quem ama, verdadeiramente a escola, o resultado é esse”, destacou o presidente da agremiação, Luiz Gilberto.
A disputa ponto a ponto também foi destacada pelo presidente da Reino Unido da Liberdade, que demonstrou felicidade com o resultado.
"Vai para toda a comunidade, todos os setores, todo mundo que faz parte desta gestão maravilhoso. Só temos que agradecer a Deus, falar que a Reino Unido faz sempre um belo carnaval e que ano que vem virá mais forte ainda", afirmou William Pimentel, presidente da agremiação que ficou em terceiro lugar.
Enredo Soberano
A água e a vida, como elementos inseparáveis, além da história da evolução do homem foram contados pelo o Grêmio Recreativo Mocidade Independente de Aparecida, que deixou a avenida do samba por volta das 3h10 horas da magrugada de domingo (19).
Com o enredo “Vitae – A Essência, a Seiva, a Fonte”, a agremiação esperava levar o título de bicampeã do carnaval de Manaus neste ano. “Mais uma vez fizemos um grande espetáculo, um desfile memorável. Nós não apenas desfilamos, nós viemos aqui buscar o título”, destacou, logo após o desfile, o presidente Luiz Pacheco.
De início, a Aparecida surpreendeu o público com um balé que representou o homem do futuro. Um telão mostrou principalmente a transformação da água, espécies e sua composição. O grupo de 15 dançarinos foi dirigido pelo coreógrafo Gandhi Tabosa.
“São seres híbridos que evoluíram nesse planeta aquático, um lugar do futuro e a gente trouxe essa transformação delas exatamente para mostrar como seria esse ser aquático”, comentou o coreógrafo.
O desfile foi dividido em cinco setores. O primeiro denominou 'Água, o princípio de tudo, da vida' o qual traz Luca, o ancestral, o mar e a escuridão e de repente, Pangeia. O gelo também foi representado na alegoria.
O segunto setor contou a história do reino vegetal e o reino animal, bem como diversos cenários da evolução e continentes. Nas alegoria era possível observar a representaçaõ da pré-história com um cenário baseado na 'epoca das cavernas'. A fauna exuberante e a representação de várias espécies de animais fizeram a composição da alegoria.
O terceiro setor trouxe a água, o homem e o mundo atual como a evolução do homem, fontes de energia como hidrelétricas e a água potável como sinonimo de saúde.
A volta às profundezas retorna no quarto ato e representa o lixo nos mares, rios e oceanos, além do degelo das calotas polares.
O quinto setor destacou um pedido de proteção representado pelos grupos de passistas e musas mirins, além de musas da escola que 'sambaram debaixo d'água'. Ao todo, se apresentaram quatro carro alegóricos e três módulos alegóricos e 24 alas fizeram a festa na avenida.
Ficha técnica:
Presidente: Luiz Pacheco
Vice-presidente: Fabrício Nascimento
Carnavalesco: Saulo Borges e Almir Nascimento
Número de alas: 22
Alegorias: 4
Tripés: 4
Componentes: 3.200
Cores: Verde e Branco
Com informação do ACritica
|