O Ministério da Justiça e da Segurança Pública determinou nesta sexta-feira (10) a liberação do uso da Força Nacional no Amazonas, conforme decisão publicada no Diário Oficial da União.
A pasta específica que o contingente militar será destinado a "ações de combate ao crime organizado, ao narcotráfico e aos crimes ambientais".
De acordo com a portaria, fica autorizado, por 90 dias, operações "na calha do Rio Negro e Solimões, no Estado do Amazonas, em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".
Operação Arpão I
O envio da corporação tem o objetivo de auxiliar na Operação Arpão I, capitaneada pelo governo estadual. A ordem foi assinada pelo secretário-executivo do ministério, Antônio Ramirez Lorenzo.
Além do Amazonas, a pasta também autorizou o uso da Força Nacional nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima. Conforme o documento, a atuação deve ser designada à "preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio". O apoio será utilizado por 90 dias.
Desaparecidos no Amazonas
O emprego da Força Nacional no Amazonas é simbólico neste momento em que o mundo está com os olhos voltados para o local. O desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips ocorreu justamente no Estado, na região do Vale do Javari.
Na quinta-feira (9) à noite, a Justiça decretou a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado. Ele é suspeito de envolvimento no sumiço da dupla.
Roraima
Há pouco mais de um mês, congressistas brasileiros foram a Boa Vista após denúncias de estupro e morte de uma menina ianomâmi de 12 anos por garimpeiros. A garota teria sido sequestrada na aldeia Aracaçá, na região de Wiakás, e levada para um acampamento junto com uma mulher e outra criança de quatro anos. Segundo a denúncia, a mulher e essa criança caíram no rio Uraricoera, mas apenas a indígena adulta sobreviveu.
Equipe integrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), com apoio do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) também foi ao local.
Com informação do Estadão Conteúdo
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