O Ministério da Fazenda confirmou que o governo retomará a cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o etanol após o final do prazo da desoneração, em 28 de fevereiro.
A modelagem da cobrança do PIS/Cofins e Cide dos combustíveis, com porcentual de cada item, ainda não foi informada. No entanto, a pasta afirma que não haverá perda de arrecadação e os R$ 28,9 bilhões em receitas estão garantidos.
A princípio, a gasolina deve ter uma oneração maior que o etanol.
No caso de retomada dos impostos, o consumidor verá um impacto direto nas bombas de combustíveis.
O litro do álcool terá um aumento de R$ 0,23, enquanto o litro da gasolina subirá R$ 0,69.
Além disso, o fim da isenção dos impostos vai pesar no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que estava buscando um ritmo de desaceleração.
“A inflação teria um repique de mais de 60bps [0,60%] caso seja repassado integralmente, o que significa dizer que nossa perspectiva de IPCA em 2023 saltaria de 6,2% para 6,8%”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Desoneração da gasolina e etanol
No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória que mantinha a desoneração dos combustíveis promovida pelo governo de Jair Bolsonaro.
A redução dos impostos estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool, e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha.
Com informação da Reuters e CNN
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