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Masp ganha novo prédio de 14 andares e área de exposição ficará 66% maior



Masp ganha novo prédio de 14 andares e área de exposição ficará 66% maior

21/08/2021




O Museu de Arte de São Paulo (Masp) ganhará um novo prédio de 14 andares, vizinho ao museu na Avenida Paulista, e, com isso, a área de exposição ficará 66% maior.

 

 

 O novo edifício se chamará Pietro Maria Bardi, primeiro diretor artístico do museu. Foto: Masp/divulgação

 

 

O projeto de expansão do museu é de 2005, quando o Edifício Dumont-Adams, no cruzamento com a Alameda Casa Branca, foi vendido para a empresa de telefonia Vivo. O prédio foi construído para uso residencial nos anos 1950, mas foi gradualmente desocupado.

 

A Vivo pretendia ceder o uso do prédio ao museu com a contrapartida de explorar a publicidade na fachada com um mirante.

 

O arquiteto Júlio Neves, que foi presidente do Masp de 1995 a 2009, desenvolveu o projeto de ampliação do museu, assinando a reforma da estrutura, e apresentou ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

 

O órgão da Prefeitura de São Paulo deu um parecer técnico desfavorável ao projeto, mas as obras tiveram início, até que se depararam em 2013 com a Lei Cidade Limpa, que inviabilizaria definitivamente uma parceria com a Vivo com exploração publicitária.

 

No ano seguinte, sob a gestão de Alfredo Egydio Setubal, o Masp priorizou resolver os problemas financeiros que possuía e conseguiu um acordo com a Vivo.

Prédio do Masp que virou o cartão-postal da cidade de São Paulo terá conexão subterrânea com novo edifício — Foto: Masp/Divulgação

 

 

Conceito e sustentabilidade

 

O esqueleto do Edifício Dumont-Adams vai passar por uma mudança estrutural, de acordo com Martin Corullon, do Metro Arquitetos Associados, responsável pela continuidade do projeto, com aproveitamento da fundação, mas remoção do miolo, das lajes, para dobrar o pé direito e permitir salões livres para exposição.

 

“Tem dois conceitos nesse projeto, um estético e outro técnico. O primeiro é que buscamos uma arquitetura sóbria e discreta, para não competir com o cartão-postal, que ficasse como pano de fundo, dependendo do ângulo por onde se olha, mas ao mesmo tempo forte, com presença, daí esse aspecto de monolito. O outro ponto é que é um projeto de infraestrutura, que vai abrigar todas as máquinas de ar condicionado, por exemplo”, explicou.

 

Corullon também antecipou que o prédio será envolvido por uma tela preta de alumínio, que é o que dá a aparência discreta, mas que não impede vistas incríveis pelos visitantes, por ser totalmente perfurada. As pessoas conseguem enxergar por dentro.

 

O projeto do escritório dialoga com o de Lina Bo Bardi também no térreo. O edifício não vai ter um vão livre, mas será envidraçado, transparente, com pé direito de 8 metros, em escala similar. Só acima dele é que a tela de alumínio será aplicada.

 

 

Masp expandido terá restaurante no térreo em 2024 — Foto: Masp/Divulgação

 

 

Além disso, o projeto tem uma preocupação sustentável, começando pelo fato de utilizar as fundações já existentes e alcançando ações de eficiência energética, como uso de iluminação em LED e a "pele" que vai envolver o prédio, fazendo sombra, deixando-o menos aquecido e com menos demanda dos aparelhos de condicionamento.

 

Essas e outras mudanças, segundo o Masp, já permitiram que exposições com obras muito valiosas estejam no calendário 2024, como de Frances Bacon, que demandam um check-list de condições, como controle de umidade e iluminação, segurança, e local para embarque e desembarque de peças.

 

Expansão

 

De acordo com a equipe do museu, o edifício vai passar de 10.485 m² para 17.680 m², com novas galerias (sete), salas de aula, laboratório de restauração, loja e depósito. O museu também já fechou parceria com o restaurante A Baianeira.

 

Por limitações físicas, pouco mais de 1% do acervo do museu é exposto atualmente. São mais de 11 mil pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos e continentes.

 

Este é o acervo de arte europeia mais relevante do Hemisfério Sul e o projeto pretende conceber uma das mais modernas infraestruturas museológicas da América Latina, com financiamento de pessoas físicas, cujas doações somam R$ 180 milhões.

 

 

Museu para o futuro

"O objetivo é fazer do Masp um museu para uma metrópole de mais de 12 milhões de habitantes e para o futuro, reforçando o seu papel como referência internacional e equiparando São Paulo a outras capitais culturais", informou a equipe do museu em nota.

 

Outra novidade é que haverá conexão subterrânea, já aprovada pela Prefeitura de São Paulo, com o imóvel que é cartão-postal da cidade de São Paulo, sob a Rua Professor Otávio Mendes. Com isso, a bilheteria será transferida para o subsolo, liberando o vão livre e devolvendo a este espaço a sua utilização como praça pública, como já era a proposta inicial de Lina Bo Bardi.

 

O novo prédio será batizado de Pietro Maria Bardi, que foi o primeiro diretor artístico do museu, e o edifício original será chamado Lina Bo Bardi, arquiteta que projetou o Masp. A ideia é que o edifício Lina seja dedicado à exposição das obras que pertencem à coleção do museu, enquanto as novas galerias do edifício Pietro deverão ser ocupadas com exposições temporárias.

 

 

Redação com informação da G1

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