Foto: Arquivo
A estiagem severa que afeta o Amazonas tem impactado diretamente a rotina escolar de milhares de alunos. Em Manacapuru, cidade na região metropolitana de Manaus, aproximadamente 4.570 estudantes da rede pública estão sem aulas devido à baixa histórica do rio Solimões. Na última semana, o rio, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu o nível crítico de dois metros e seis centímetros, o menor já registrado, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
A interrupção das aulas afeta 75 das 111 escolas do município, onde o transporte fluvial é o principal meio de acesso. A seca extrema dificulta a navegação, obrigando as crianças a caminharem por longos trechos que antes eram cobertos por água. Na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por exemplo, o banco de areia que se formou ao longo do rio Solimões já se estende por dois quilômetros, e a caminhada da margem até a escola Lima Bernardo leva cerca de meia hora sob sol intenso, com risco de tempestades de areia.
De acordo com o último boletim de estiagem do governo do Amazonas, o estado enfrenta uma das piores secas da história, com 62 municípios em situação de emergência. A situação coloca em evidência o impacto da crise climática na educação e na vida cotidiana das comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para mobilidade, subsistência e desenvolvimento.
*Com informações do Terra
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