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Mais de 153 toneladas de alimentos são enviadas a atingidos pela estiagem no Amazonas



Mais de 153 toneladas de alimentos são enviadas a atingidos pela estiagem no Amazonas

24/08/2024




Foto: Mdef

 

MANAUS/AM - Aproximadamente 30 mil pessoas no Amazonas serão beneficiadas pela operação de apoio logístico humanitário das Forças Armadas, em resposta à grave estiagem e à baixa nos níveis dos rios que afetam a região. Cerca de 153,3 toneladas de alimentos, equivalentes a 7.300 cestas básicas, estão sendo transportadas do Porto de Manaus para o interior do estado. A chegada dos suprimentos à região do Alto Solimões está prevista para a primeira semana de setembro.

 

O Exército Brasileiro está conduzindo o transporte fluvial de aproximadamente 5.800 cestas de alimentos, enquanto a Marinha do Brasil, através do Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Oswaldo Cruz”, embarcou 1.500 cestas de gêneros alimentícios. Além dos mantimentos, o NAsH também fornecerá atendimento básico de saúde aos ribeirinhos e indígenas da região. As cestas serão entregues à Defesa Civil do Estado, responsável pela distribuição à população.

 

Níveis Críticos dos Rios

 

O ápice da estiagem nas bacias dos rios Solimões, Madeira e Tapajós, no Amazonas, é esperado para setembro, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), vinculado ao Ministério da Defesa. O aquecimento elevado da superfície do Atlântico Norte, que é a principal causa da seca na Bacia do Madeira, pode levar a uma situação de anomalia moderada a severa nos níveis de água.

 

Segundo Flávio Altieri, analista em Ciência e Tecnologia do Censipam, o fenômeno La Niña, que favorece chuvas, tem 66% de chance de se configurar entre setembro e novembro de 2024. No entanto, sua intensidade será baixa e não deve aliviar a seca na Amazônia. "Mesmo que a La Niña ocorra em setembro, é pouco provável que ela reduza a estiagem nas regiões do Solimões, Madeira, Tapajós e Negro, pois os efeitos desse fenômeno só devem impactar as chuvas a partir de dezembro, influenciando o início do período chuvoso", explicou.

 

Dados do Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico (SipamHidro) indicam que, no início de agosto, os níveis desses rios estavam muito abaixo da média, próximos dos mínimos históricos. Em Porto Velho (RO), por exemplo, o rio Madeira registrou, em 21 de agosto, uma diferença de apenas 18 centímetros em relação à mínima histórica para o mês. No rio Acre, em Rio Branco (AC), essa diferença foi de apenas 2 centímetros.

 

Em Tabatinga (AM), o nível do rio Solimões, no dia 20 de agosto, foi de apenas 7 centímetros, o menor nível já registrado para o mês. Em Fonte Boa (AM), a queda no nível do rio chegou a 4,26 metros nos últimos 30 dias. Em Manaus (AM), o rio Negro está quase 3 metros abaixo do nível observado no mesmo período de 2023, com expectativa de que o escoamento continue até novembro.

 

*Com informações da Agência Gov

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