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MP pede inspenção de empresas ligadas à Prefeitura de Manaus



MP pede inspenção de empresas ligadas à Prefeitura de Manaus

23/09/2025




O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) recomendou uma inspeção nos contratos firmados pela Prefeitura de Manaus com empresas suspeitas de favorecimento e uso de recursos públicos de forma irregular. A investigação foi motivada pela polêmica viagem do prefeito David Almeida (Avante-AM) ao Caribe, durante o período do Carnaval, enquanto a cidade enfrentava alagamentos, deslizamentos e sérios problemas de infraestrutura causados pelas chuvas.

 

Além do prefeito, empresários ligados às empresas MURB, Royal Tech e Rio Piorini, contratadas pelo município também teriam participado da viagem, o que levantou ainda mais suspeitas sobre possíveis irregularidades e beneficiamentos ilícitos.

 

A recomendação de fiscalização foi apresentada no parecer nº 5407/2025, emitido em 18 de setembro, após representação feita pelo vereador Coronel Rosses (PL-AM), que solicitou a suspensão de pagamentos às empresas MURB, Royal Tech e Rio Piorini, todas com contratos vigentes com a Prefeitura de Manaus.

 

Em declaração, nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Rosses afirmou:

 

“Os proprietários daquelas empresas que a gente vê abertamente são favorecidos pela prefeitura. Então, para quem não lembra, meados do Carnaval, em que a cidade estava alagada, a cidade estava sofrendo com os buracos e, principalmente, com a falta de infraestrutura causada pelas chuvas e o descaso do prefeito que não trabalhou previamente. Enquanto isso, o prefeito estava no Caribe com os fornecedores, os secretários, e realmente fazendo pouco caso do sofrimento que a população estava passando.

 

De acordo com a denúncia protocolada pelo vereador, a imprensa local noticiou que os custos da viagem do prefeito teriam sido bancados por fornecedores contratados pela própria Prefeitura, inclusive por meio de processos de contratação por dispensa de licitação. A representação aponta ainda que o prefeito teria usufruído de hospedagens de alto padrão e transporte em jatinho particular, o que caracterizaria, se verdade, favorecimento indevido e possível ato de improbidade administrativa.

 

A representação foi admitida e distribuída no Tribunal de Contas, com o relator do caso determinando que a Prefeitura de Manaus fosse ouvida para prestar esclarecimentos.

 

Em resposta, o Procurador-Geral do Município apresentou informações sobre os contratos com as empresas mencionadas, mas afirmou não ter acesso a dados sobre a viagem por se tratar de uma “despesa pessoal do prefeito”.

 

David Almeida afirmou que não utilizou recursos públicos para financiar sua ida ao Caribe e alegou que o Poder Legislativo foi devidamente notificado sobre sua licença do cargo. O prefeito também encaminhou ao TCE-AM comprovantes de compra da passagem aérea, e a Prefeitura reforçou que os gastos foram de natureza pessoal.

 

Apesar disso, o Laudo Técnico Conclusivo nº 08/2025-DICAMM, elaborado pela unidade técnica do TCE-AM, apontou ausência de indícios de dano direto ao erário público, mas ressaltou que há evidências concretas de favorecimento a particulares e violação aos princípios da administração pública, especialmente no que se refere à impessoalidade, moralidade e legalidade.

 

O MPC-AM destacou que não cabe ao Tribunal de Contas apurar se empresários financiaram a viagem do prefeito, já que isso envolveria recursos privados. Entretanto, recomendou que o Ministério Público Estadual assuma essa parte da investigação, por possível ato de improbidade administrativa.

 

Já a inspeção recomendada nos contratos da Prefeitura terá como objetivo examinar a legalidade, legitimidade e economicidade das contratações com as empresas citadas.

 

David Almeida curtiu Caribe enquanto Manaus sofria com fortes chuvas


Enquanto Manaus enfrentava os impactos das fortes chuvas e a população lidava com alagamentos, deslizamentos e prejuízos pela falta de infraestrutura, Izabelle Fontenelle, mulher do prefeito David Almeida (Avante), curtia com amigos em uma poderosa festa regada a champanhe francesa de R$ 30 mil em Saint Barthélemy, um dos destinos mais exclusivos do Caribe.

 

A primeira-dama foi vista dançando em cima de um palco, na companhia de amigos influentes, enquanto a cidade sofria com a ausência de obras que poderiam minimizar os danos causados pelas chuvas da última semana.

 

O contraste entre a realidade dos manauaras e a ostentação no exterior gerou revolta nas redes sociais.

 

Fonte: D24am

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