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Lei Maria da Penha faz 15 anos de combate à violência mas ainda pode melhorar



Lei Maria da Penha faz 15 anos de combate à violência mas ainda pode melhorar

07/08/2021




Neste sábado (7/8), a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) completa 15 anos. Criada para enfrentar atos de violência física, sexual, psicológica, patrimonial ou moral contra a mulher, a norma é considerada uma das três leis mais avançadas do mundo pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). Apesar disso, o combate à violência ainda exige esforços por parte do Estado 

 

 

1 em cada 4 mulheres brasileiras acima de 16 anos afirmam ter sofrido alguma forma de violência durante a pandemia do covid-19. Foto:divulgação 

 

 

Em nota, a líder da Bancada Feminina, senadora Simone Tebet (MDB-MS), ressaltou os avanços na legislação, especialmente a tipificação do crime de feminicídio. 

 

 

“Nunca se produziu tanto nessa pauta. Fui a primeira mulher presidente da Comissão Mista do Congresso Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, em 2015. Se você perguntar, mais de 90% da população brasileira conhece a Lei Maria da Penha. É a lei que protege as mulheres. É a lei que fala: se o homem ameaçar, bater, matar a mulher, ele vai para cadeia. Então, essa é uma lei que ‘pegou’, porque atende aos anseios mais básicos da população brasileira. A maioria dos homens também quer acabar com a violência contra a mulher”.

 

 

Desde o início de 2020, 11 proposições passaram pelo Senado pedindo alterações da lei. Uma delas já consta na legislação: a Lei 14.188, de 2021, que cria o Programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e Familiar. Oriunda do PL 741/2021, a norma estabelece, entre outras medidas, a letra X escrita na mão da mulher, preferencialmente na cor vermelha, como um sinal de denúncia de situação de violência em curso. 

 

 

Marco  

 

Até antes da promulgação da lei, o crime de violência contra a mulher era considerado de menor potencial ofensivo. Foi só depois de 2006, após a sanção da Lei Maria da Penha, que a legislação passou a ser mais ostensiva. O nome homenageia Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu tentativa de feminicídio e ficou paraplégica. O agressor era o próprio marido, que por quase duas décadas respondeu em liberdade. 

 

 

Quando a lei foi aprovada pelo Congresso, a Presidência do Senado era ocupada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). “Carrego comigo esse orgulho”, disse pelo Twitter. “Nunca é demais lembrar que a violência continua e precisa ser combatida”, completou. 

 

Para a senadora Nilda Gondim (MDB-PB), a Lei Maria da Penha representa um marco histórico na legislação brasileira de proteção à mulher.  

 

 

Estatísticas 

 

De acordo com levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto de Pesquisas Datafolha, uma em cada quatro mulheres brasileiras acima de 16 anos afirmam ter sofrido alguma forma de violência durante a pandemia do covid-19, especificamente nos últimos 12 meses.  

 

 

Para a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), ainda é preciso unir esforços para mudar o  cenário. 

 

 

O Instituto DataSenado faz, a cada dois anos, a Pesquisa Nacional sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Na última publicação, em 2019, revelou-se que as agressões cometidas por ex-maridos ou ex-namorados aumentaram quase três vezes em oito anos. O próximo levantamento deve ser lançado no fim deste ano. 

 

 

Conscientização 

 

Em alusão à “Campanha de Conscientização pelo Fim da Violência contra a Mulher”, o prédio principal e a cúpula do Senado serão iluminados pela cor roxa a partir de quarta-feira (11) até o dia 20. O pedido foi feio pela senadora Leila Barros (sem partido-DF) e aprovado pelo primeiro-secretário, senador Irajá (PSD-TO). 

 

— A violência doméstica é uma mancha que permanece envergonhando a sociedade brasileira, mesmo em pleno século 21. A Lei Maria da Penha foi um importante marco na luta de nós, mulheres, por igualdade de direitos e por jogar luz à necessária assistência à vítima de violência. Ainda há muito o que ser feito para que sejamos vistas como cidadãs com os mesmos direitos e deveres que homens. A norma nos faz acreditar em diálogos que gerem um legado de respeito para as próximas gerações — afirma Leila. 

 

 

Com informação da Agência Senado

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