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Joe Biden assina decreto para facilitar acesso ao aborto



Joe Biden assina decreto para facilitar acesso ao aborto

04/08/2022




O estado do Kansas, no meio-oeste dos EUA, rejeitou uma emenda conhecida como 'Vale them both' (Valorize os dois), que acabaria com o direito constitucional ao aborto.

 

 

Foto: Dave Kaup/AFP

 

 

A reação de Jae Moyer, presidente do caucus LGBTQIA do Partido Democrata do Kansas, traduziu o sentimento de vários ativistas pró-escolha nos Estados Unidos. Com o braço direito erguido, Jae pulou e deu um grito, enquanto a amiga, Allie Ultley, chorava ao seu lado.

 

 

"Fiquei em choque, mas muito satisfeito e eufórico. Kansas é historicamente mais conservador. O fato de os cidadãos do Kansas votarem para proteger a saúde reprodutiva da mulher, de forma esmagadora, me enche de orgulho", afirmou, desde Overland Park, Moyer, que se declara não-binário.

 

 

Horas depois, politicamente fortalecido pelo resultado do referendo no Kansas, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um novo decreto que facilita o acesso ao aborto.

 

 

A ordem executiva firmada pelo decreto ordena ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) que trabalhe com os Estados para usar isenções do seguro-saúde Medicaid a fim de pagar as despesas de mulheres que atravessarem as fronteiras estaduais para abortarem.

 

 

Em 24 de junho, a Suprema Corte anulou a sentença "Roe v. Wade", de 1973, e retirou de milhões de norte-americanas a prerrogativa de escolherem pela interrupção da gravidez. "Com a rejeição à emenda, no Kansas, e o decreto de Biden, as mulheres de meu estado poderão ter o aborto aqui mesmo, economizando acesso à saúde reprodutiva.

 

 

A luta não acabou

 

O decreto do presidente faz enorme diferença, e poderá salvar as vidas de muitas pessoas que precisam do acesso ao aborto", disse Moyer.

 

 

Durante a cerimônia de assinatura do decreto, Biden ressaltou que "a luta não acabou". "Vimos isso no Kansas. Mulheres e homens exerceram seu poder eleitoral e político. Com uma participação recorde, os eleitores do Kansas derrotaram uma iniciativa para remover da constituição do estado o direito ao aborto", afirmou o presidente.

 

 Ele explicou que a nova ordem executiva garante que os profissionais de saúde obedeçam à lei federal e que as mulheres não enfrentem atrasos ou recusas no acesso à interrupção da gestação.

 

 

Biden instou o Congresso a tornar lei as proteções asseguradas pela sentença "Roe v. Wade". "Se o Congresso não agir, o povo deste país precisará eleger senadores e deputados que restaurarão Roe e protegerão os direitos à privacidade, à liberdade e à igualdade", observou. Para Moyer, o aborto não é um tema liberal ou conservador.

 

 

"Nós, do Kansas, mostramos aos nossos legisladores radicais de um Estado republicano que desejamos o aborto legalizado aqui."

 

 

Com informação do Correio Braziliense

 

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