As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) fecharam o primeiro bimestre com a produção 190.589 unidades o volume é 70,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (111.645) motocicletas.Fevereiro teve o melhor resultado para o mês desde 2015.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) a marca de 190 mil unidades havia sido alcançada no primeiro bimestre de 2020, antes da primeira onda de Covid-19 no país, quando foram produzidas 194.734 motocicletas.
Ainda de acordo com dados da Abraciclo, o desempenho do setor foi 28,1% superior ao registrado em janeiro (83.543 unidades) e 84,5% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (58.014 motocicletas).
Ao avaliar os números, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, afirma que a produção de motocicletas está em ritmo de retomada.
“O consumidor tem na motocicleta uma alternativa de deslocamento ágil e seguro, com menor custo de manutenção e que pode ser utilizado como instrumento de trabalho ou lazer. Além disso, o fator economia de combustível está levando muitos consumidores a optarem pela motocicleta no dia a dia”, explica.
Vendas no varejo
No primeiro bimestre, foram emplacadas 163.693 motocicletas, aumento de 14,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (143.182 unidades).
Em fevereiro, os licenciamentos somaram 74.032 unidades, o que representa uma queda de 17,4% em relação às 89.661 motocicletas registradas em janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas no varejo cresceram 29% (57.384 motocicletas).
O presidente da Abraciclo explica que a redução no número de emplacamentos é resultado do menor volume de produção de motocicletas alcançado em janeiro.
“A queda na produção impacta diretamente as vendas no mês seguinte. Agora, com a retomada da produção, os números de vendas devem apresentar crescimento”.
A Street foi a categoria mais emplacada, com 35.522 unidades e 48% do mercado. Na sequência do ranking, vieram a Trail (14.119 motocicletas e 19,1% de participação) e a Motoneta (9.928 unidades e 13,4%).
Baixa cilindrada tem alta
De acordo com levantamento da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas) responderam por 82,8% dos emplacamentos, com 61.321 unidades. Os modelos de 161 a 449 cilindradas representaram 13,6% dos negócios, com 10.081 unidades; e as motocicletas acima de 450 cilindradas somaram 2.630 licenciamentos, o que representa 3,6% do mercado.
A média diária de fevereiro, que teve 20 dias úteis, foi de 3.702 unidades. Em relação a janeiro, que teve um dia útil a mais, foi registrada redução de 13,3% (4.270 motocicletas/dia). Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, que também 20 dias úteis, houve alta de 29% (2.869 unidades diárias)
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