A edição 2021 da Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza/Italia, tem como tema “Como Viveremos Juntos?”, que evoca soluções para os problemas atuais do mundo.
Hotel Mirante do Madadá, às margens do Rio Negro que pretende elevar a experiência na maior floresta tropical do mundo
São 110 participantes de 46 países, entre eles o Brasil, que é representado por Marko Brajovic com a exposição Amphibious – vivendo entre a água e a terra na Amazônia com nove projetos arquitetônicos em andamento na Amazônia.
Entre eles está o Mirante do Madadá, hotel às margens do Rio Negro que pretende elevar a experiência na maior floresta tropical do mundo.
O complexo turístico ficará em frente ao Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, e propõe uma imersão na floresta e em sua biodiversidade a partir de um turismo de base comunitária, realizado em prol do desenvolvimento sustentável da região.
Inspirado na vitória-régia
O projeto contempla recepção, concierge, bar, restaurante, lounge, espaços expositivos e uma piscina de borda infinita.
São 12 acomodações ao todo, que possuem assinatura de interiores da arquiteta Marília Pellegrini, ligadas à construção principal por passarelas.
Dentro do complexo, o ponto mais longe na mata será a Casa Cura, espaço dedicado a práticas de yoga, massagens, banhos ayurvédicos e encontros com representantes indígenas da região.
Seu formato chama atenção, já que foi inspirado na vitória-régia, planta aquática típica da Amazônia que chega a mudar de coloração e possui importância mitológica.
Arquitetura biomimética
O complexo será construído com base na topografia do terreno e respeitando a vegetação local.
Assim, os espaços, como se fossem “sementes” na floresta, buscam um equilíbrio entre o interior e o exterior, seguindo uma arquitetura biomimética – que almeja aprender como a natureza se adapta.
Também às margens do Rio Negro funciona um empreendimento parecido, considerado como hotel irmão do Madadá.
É o Mirante do Gavião Lodge, distante 50 km do novo projeto. Construído em 2014, o Gavião tem 12 suítes em forma de barco invertido que lembram casas na árvore, com passarelas suspensas para viabilizar o manejo sustentável do solo.
Bienal de Veneza
Para a mostra, aberta ao público até 21 de novembro, o curador do evento, Hashim Sarkis, pediu aos arquitetos que imaginassem espaços em que todos pudessem viver juntos com generosidade.
“A Amazônia é o lugar onde se discute o futuro do planeta e o objetivo é trazer luz a estas iniciativas e colaborações que apresentam possíveis caminhos de convivência”, comenta Marko Brajovic, que ainda ressalta os aspectos positivos da integração dos projetos ao ecossistema da região.
Com informação da CNN Brasil
Fotos: Mirante do Madadá
|