Gustavo Petro, um economista e ex-combatente da guerrilha M-19, venceu as eleições presidenciais da Colômbia neste domingo (19) e se tornou o primeiro presidente de esquerda a ser escolhido pelos colombianos.
Ele venceu o candidato Rodolfo Hernández, empresário e ex-prefeito da cidade de Bucaramanga, que havia surpreendido no primeiro turno.
Gustavo Petro é o primeiro presidente de esquerda da Colômbia.
Vitória
Petro teve 50,49% dos votos, e Hernández, 47,25%, segundo informações do órgão de contagem de votos nacional. Foram cerca de 22 milhões de votos.
A diferença foi de cerca de 717 mil votos. As pesquisas indicavam um empate técnico entre Petro e Hernández, mas apontavam pequena vantagem do candidato que, no fim, saiu derrotado.
Essa foi a terceira vez que Petro concorreu à presidência.
Logo após a divulgação do resultado, ele fez um comentário em redes sociais: "Hoje é um dia de festa para o povo. Que festeje a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam absorvidos pela alegria que hoje inunda o coração da pátria. Essa vitória é para Deus e para o povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e das praças".
Francia Márquez, que compõe a chapa com Petro, será a primeira vice-presidente negra do país.
Primeiro discurso
Em seu discurso, Petro repetiu que seu governo será feito “com a política do amor”.
"A política do amor não é uma mudança para nos vingarmos, não é uma mudança para construir mais ódio ou aprofundar o sectarismo na sociedade colombiana. Nossos pais e avós nos indicaram o que significa o sectarismo. A mudança consiste em deixar o ódio para trás", disse ele.
Ele falou em um grande acordo nacional para conseguir a paz e os direitos das pessoas. É uma sinalização de que ele quer fazer um acordo com os grupos guerrilheiros que ainda não depuseram suas armas.
Em seu discurso ele fez menções ao passado de conflitos no país. Ele fez menção ao próprio passado "de lutas, de rebeldias contra a injustiça, contra um mundo que não deveria ser, contra a discriminação, contra a desigualdade, quanta gente nos acompanhada que desapareceu pelos caminhos da Colômbia, quanta gente morreu, quanta gente está presa hoje, quantos jovens tratados como bandoleiros só porque tinham esperança, só porque tinham amor".
Com informação do G1
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