A proposta do governo do estado aos profissionais da educação saltou de 8% para 14% de reajuste. A informação foi repassada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina, aos grevistas durante manifestação em frente a sede do Governo, no início da tarde desta segunda-feira (29).
Professores estão em greve desde o dia 17 deste mês (Foto: Marcelo Moreira/ATUAL)
Além da recomposição salarial, o governo deve abonar as faltas dos servidores e estornar valores descontados no último contracheque. Também consta na nova proposta a progressão horizontal da categoria.
“Nós avançamos e esse avanço se deve a essa categoria aguerrida tanto na capital quanto no interior que tem resistido bravamente. Nós saímos de um percentual para o outro. O percentual agora começa em 14%, ainda há outros que precisamos explicar. Nós vamos ter uma assembleia amanhã às 10h”, disse Ana Cristina.
O Sinteam, em nota, explicou que os 14% de reajuste propostos pelo governo seriam pagos da seguinte forma: 8% de forma imediata e 6% em julho de 2024.
Retirada das faltas e reembolso
O comando do movimento reivindicou a retirada imediata das faltas dos trabalhadores em greve e o reembolso imediato do desconto em folha suplementar, o que foi aceito pelo Governo, segundo o Sinteam.
O governo também disse que vai garantir as progressões por titularidade de forma imediata. Quanto às progressões por tempo de serviço, Sérgio Litaiff afirmou que irá fazer o estudo de impacto orçamentário.
O governo afirmou, durante a negociação, que instalará a comissão de revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para discutir outras questões como o auxílio-localidade. O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Cabo Maciel (PL), participou da reunião.
A negociação com os trabalhadores foi retomada nesta segunda-feira após o governo realizar o desconto de faltas no contracheque dos trabalhadores que aderiram ao movimento grevista. O desconto havia sido autorizado pelo desembargador Domingos Chalub do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM).
O estorno dos valores foi uma das medidas mais comemoradas pelos manifestantes que desde a manhã ocupavam a avenida Brasil.
A volta das negociações havia sido condicionada ao fim da paralisação. Mais cedo, Ana Cristina Rodrigues, recebeu ligações dos deputados Cabo Maciel e Felipe Souza, líder do governo, sinalizando a retomada do diálogo.
A contraproposta será avaliada durante a assembleia da categoria, marcada para esta terça-feira, no Clube Municipal, na avenida Torquato Tapajós às 10h. Se aceita, põe fim a greve que já dura 10 dias úteis. Ana Cristina disse que já está marcada outra rodada de negociação para esta quarta-feira.
No dia 17 de maio, primeiro dia de greve, o secretário de governo, Sérgio Litaiff em reunião com o Sinteam intermediada por deputados estaduais, ofereceu o reajuste de 8%, a retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço. A proposta foi rechaçada pela categoria em assembleia geral.
Os profissionais requerem o aumento de 25% referente à data-base 2022-2023 e o pagamento do retroativo referente a 2020 -2021, reajuste do vale-alimentação, plano de saúde para aposentados, regularização do enquadramento horizontal e vertical da categoria.
Com informação do A Critica
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