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Golpes digitais são cada vez mais sofisticados e exigem atenção redobrada



Golpes digitais são cada vez mais sofisticados e exigem atenção redobrada

18/08/2022




Os golpes e fraudes também passaram a ser cada vez mais digitais, utilizando-se de tecnologia. O phishing teve exponencial crescimento – aquele golpe em que se clica em um link malicioso que pode “pescar” dados de seu celular ou computador.

 

 

Pesquisas de empresas de segurança apontam o Brasil como o  5º maior alvo de crimes  digitais. Os golpes mais comuns utilizam engenharia social, para manipular psicologicamente a vítima, ou dados sigilosos obtidos por roubos de celulares.

 

Outras modalidades de fraudes utilizam sites falsos para capturar informações confidenciais ou incitar a compra em lojas que não existem. Esse tipo de golpe cresceu 41% no ano passado, segundo a filial brasileira da Avast.

 

Recentemente, entraram na moda os golpes que usam aplicativos de namoro como facilitadores. Os crimes praticados vão desde perseguições e ameaças até latrocínios e homicídios.

 

Ao mesmo tempo, criminosos também passaram a clonar contas de WhatsApp ou usar fotos roubadas para pedir dinheiro com urgência para contatos próximos. A pergunta feita por qualquer um é: como se manter seguro no ambiente digital?

 

Outros golpes utilizam-se de aplicativos de conversação para pedir dinheiro se passando por outra pessoa. Ou, ainda, mandando e-mails falsos como se fossem do banco no qual a vítima mantém conta.

 

 

De acordo com advogado especialista em direito digital e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP) muitos alertas são emitidos para que as pessoas não cliquem em links e não confiem em superpromoções.

 

 

Falso sequestro ou hospitalização 

 

Agora, os golpes telefônicos são praticados com uma boa elaboração –por quadrilhas profissionais.

 

Nos últimos tempos a maior dor de cabeça para quem atende um telefonema é as chamadas de telemarketing. Mas, ao que tudo indica, os cuidados devem ser redobrados, novos golpes telefônicos são praticados.

 

Não se trata do golpe do falso sequestro, no qual se alegava estar com algum parente da vítima para exigir valores ou créditos de celular. Agora, há fraudes mais bem elaboradas.

 

“Os golpes telefônicos do hospital está fazendo vítimas. Alguém entra em contato com uma pessoa que tem um parente internado em hospital (muitas vezes na UTI – Unidade de Terapia Intensiva) e informa que há a necessidade de realizar exames que não são cobertos pelo plano de saúde”, conta Gomes Junior.

 

“Então solicitam o depósito de valores em uma conta bancária, de preferência através de uma transferência via PIX e pressionam dizendo que há urgência, pois caso contrário os exames não serão feitos, colocando em risco a vida do paciente. Obviamente que, a conta não é do hospital, mas sim do golpista. O que dá credibilidade ao golpe é o fato de durante a ligação serem mencionados vários dados pessoais da pessoa internada.”

 

Trata-se de um dos golpes telefônicos mais crueis, que explora a fragilidade emocional das vítimas e que as pressionam para agirem rapidamente. Portanto, se estiver com algum parente internado e receber uma ligação, a dica é ficar atento ao número que está ligando, verificar se é mesmo o número do hospital.

 

É aconselhável ainda entrar imediatamente em contato com o próprio hospital, pois a maioria das instituições não solicita transferências bancárias por telefone.

 

“Além dos golpes telefônicos do hospital, são praticados por ligações o do empréstimo consignado (no qual se oferece empréstimo com vantagens mediante um depósito prévio), o vishing (o golpista busca conquistar a confiança da vítima ao telefone para persuadi-la a fornecer dados) e o da ligação premiada (golpe onde se informa a quem atende o telefone sua premiação em alguma promoção, muitas vezes de uma emissora de televisão, bastando que a vítima realize o depósito de cadastro para a liberação do prêmio),” finaliza o especialista.

 

Orientações

 

Com a volta no crescimento dos golpes telefônicos é necessário redobrar a atenção e orientar parentes e pessoas mais vulneráveis dos cuidados que devem tomar, principalmente o de não fornecer nenhum dado por telefone.

 

No caso de cair em algum golpe, a orientação é que se faça boletim de ocorrência (pode ser feito pela internet) para que se abra uma investigação e que se tente capturar os criminosos, evitando assim novas vítimas.

 

Como se proteger?

 

Como são muitos tipos de crimes digitais, se proteger de todos eles exige atenção constante. O conselho da maioria dos especialistas é ficar atento, desconfiar de mensagens enviadas por desconhecidos e compartilhar o mínimo possível de informações pessoais.

 

Evite agir por impulso: não responda imediatamente mensagens de números desconhecidos no WhatsApp, mesmo que o contato tenha foto de pessoas próximas.

 

Não instale apps desconhecidos: outra forma comum de fraude usa apps fraudulentos ou piratas, que roubam dados e até "clonam" o celular. Nunca instale aplicativos de fora das lojas oficiais, que muitas vezes escondem códigos para sequestrar dados.

 

“Para ser bem-sucedido, este ataque exige que as vítimas ativem a opção “Instalar aplicativos desconhecidos” em seus dispositivos, que está desativada por padrão", diz Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa ESET América Latina.

 

Crie senhas seguras: ter senhas seguras e com caracteres variados é fundamental para manter suas contas a salvo de invasões. E não economize: quanto mais caracteres, mais forte é uma senha.

 

"Embora essa dica pareça simples, a maioria das pessoas acaba utilizando as mesmas combinações em diferentes canais, o que facilita a ação dos hackers. Por isso, é importante criar senhas com caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas, além de números não-sequenciais", diz Gustavo Duani, diretor de cibersegurança da Claranet Technology.

 

Se possível, tenha perfis privados: "Ter o perfil privado é importante para que criminosos não saibam informações sobre a sua rotina, membros da sua família e amigos e utilizem esse conhecimento para aplicar golpes", aconselha Gustavo Duani.

 

Fique de olho no seu email: alguns criminosos também reúnem informações para chantagear vítimas, um tipo de crime bastante comum no Brasil, segundo a empresa de segurança Trend Micro. Em janeiro, o país ficou topo do ranking de países que mais enviam ameaças de extorsão e sextorsão (do inglês sextortion, uma chantagem sexual).

 

Por isso, também é fundamental também monitorar emails suspeitos e bloquear contatos que enviam spam.

 

Cuidado em apps de namoro: no caso do Tinder, a empresa aconselha a nunca enviar dinheiro ou informações financeiras para perfis no aplicativo. Também é aconselhável ter prudência durante as primeiras conversas e encontros — evite dar informações muito pessoais ou financeiras nas primeiras conversas, e marque encontros em locais públicos.

 

 

Redação com informação do R7

 

 

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