Ti Greg, o chefe de uma das principais gangues do Haiti, foi morto durante um confronto com a polícia nesta quinta-feira (21). De acordo com as autoridades, ele havia fugido da prisão recentemente.
O Haiti vive uma escalada na violência desde 2021. A crise se intensificou nas últimas semanas após uma penitenciária ter sido alvo de ataques em 2 de março, resultando na fuga em massa de centenas de detentos.
Segundo a polícia do Haiti, Ti Greg estava entre os fugitivos que deixaram a prisão no dia do ataque. A gangue que ele chefiava era conhecida como Delmas 95.
De acordo com a agência Reuters, Greg era membro de uma aliança comandada por Jimmy "Barbecue" Cherizier — considerado o líder criminoso mais temido do país.
Sem governo
Sem governo e dominado por gangues, Haiti passa por nova crise política e humanitária
Um relatório da ONU divulgado em setembro de 2023 estima que o Haiti tenha cerca de 200 gangues. Esses grupos são organizados, utilizam "armas de fogo sofisticadas" e se dedicam ao "tráfico de armas ou drogas, extorsão, sequestro, assassinato, violência sexual e desvio de caminhões".
No dia 12 de março, o primeiro-ministro Ariel Henry renunciou ao cargo diante da pressão das gangues e de parte da população.
Enquanto Henry estava em Porto Rico, gangues haitianas ameaçaram o primeiro-ministro e atacaram o principal aeroporto do país para impedir que ele voltasse ao Haiti.
Depois da renúncia, a Comunidade do Caribe (Caricom) — a qual o Haiti faz parte — anunciou a instauração de um Conselho de Transição Presidencial. A organização e outros países também se comprometeram em colaborar com a transição pacífica de poder e realização de eleições.
Grupos políticos estão próximos de fechar um acordo para formar o conselho de transição. No entanto, Jimmy Barbecue não está satisfeito com as negociações e ameaçou represálias contra políticos que integrarem o conselho.
Com informação do G1
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