29/05/2021

Por Dulce Maria Rodriguez

O mineiro Sebastião Salgado (1944) considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial, pelo teor social em seu trabalho, foi agraciado nesta semana com o título de doutor honoris causa em Harvard.

Sebastião Salgado e a esposa, Lélia Wanick Salgado, comandam o Instituto Terra, focado em preservação e reflorestamento da Amazônia

A Universidade, uma das importantes do mundo, reconheceu as contribuições do brasileiro no campo das artes.

"Sebastião Salgado é um ilustre fotógrafo conhecido por projetos ambiciosos, que documentam a situação difícil de pessoas que vivem em meio a adversidades e que contam histórias destinadas a chamar a atenção para os desafios urgentes da sociedade", diz o texto de apresentação da cerimônia.

"Ele viajou para mais de 100 países para seus renomados projetos fotográficos, focados em pessoas atingidas pela seca e fome, mineiros, migrantes e refugiados, trabalhadores rurais deslocados pela indústria, comunidades indígenas, ameaças crescentes ao mundo natural, e a floresta amazônica do Brasil. Suas fotografias em preto e branco retratam poderosamente a dignidade de cada ser humano, bem como a beleza e fragilidade da natureza".

Vida é obras de Sebastião

Sebastião nasceu em Aimoré, Minas Gerais. Passou parte de sua juventude em Vitória, Espírito Santo. Formou-se em economia na Universidade do Espírito Santo em 1968 e doutorou-se pela Universidade de Paris. Passou a viver em Londres nos anos 60 até 1973.

Salgado, antes de começar a fotografar, chegou a trabalhar como economista na Organização Internacional do Café, no fim da década de 1960. Desde então, produziu várias séries documentais extensas ao longo de sua carreira, incluindo África, Gênesis, e sua vida e obra são o assunto do livro From My Land to the Planet.

Recentemente, concluiu o projeto sobre a Amazônia e as comunidades indígenas, com objetivo de conscientizar sobre a extração ilegal de madeira e outras alterações no bioma, que impactam em mudanças climáticas.

Mora a maior parte do tempo na França. Hoje, ele e a esposa, Lélia Wanick Salgado, comandam o Instituto Terra, focado em preservação e reflorestamento da Amazônia.

Fotos: Sebastião Salgado