Na primeira noite de apresentação no Bumbódromo de Parintins, nesta sexta-feira (28), o boi Caprichoso celebrou as raízes parintinenses e indígenas que formam a cultura popular, assim como o próprio bumbá.
A primeira alegoria do Boi Caprichoso surpreendeu ao se abrir ao meio. Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA
Com luzes de led, projeções no chão da arena, e bailarinos que desceram de rapel de alegorias, a apresentação encerrou com o ritual indígena “Mothokari, a fúria do sol” com participação do líder indígena, escritor e xamã, Davi Kopenawa Yanomami, 68 anos.
A cunhã-poranga Marciele Albuquerque na evolução para os jurados se transformou em serpente, após surgir da lenda indígena “A Dona da Noite”, assinada pelo artista Roberto Reis, 45 anos. A mulher mais bonita da aldeia foi erguida ainda dentro do módulo alegórico que representava boiuna. Em seguida as Morubixabas do boi Caprichoso, Ira Maraguá, Gilvana Borari, Jessica Maraguá, surgiram no momento tribal.
Na figura típica regional, "Mestres e Mestras da Cultura Popular Parintinense", na alegoria assinada por Adenilson Pimentel, 43 anos, e Paulo Pimentel, 43 anos, o boi prestou homenagens à Dona Siloca, Ednelza Cid, Zeca Xibelão, Chico da Silva Roque Cid, fundador e primeiro dono do Boi Caprichoso. A emoção tomou conta da arena quando de dentro de um grande boi, surgiu Markinhos Azevedo, como tripa.
O boi Caprichoso surgiu durante a figura típica regional para evoluir como Málùú Dúdú, o boi agbara. Angela Mendes, filha do seringueiro, sindicalista, ativista político Chico Mendes, entrou na arena para pedir que os povos lutem e protejam a floresta.
Em um momento tribal “Bicho Folharal” trouxe a rainha do folclore, Cleise Cimas, que montada em uma imenso iguana desceu da alegoria para evolui, com uma bela indumentária verde.
Com informação do ACritica
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