Enquanto chuvas intensas provocam desastres no Litoral Norte de São Paulo, a falta de chuva e a maré seca transformou a famosa paisagem dos canais de Veneza, na Itália.
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Foto: divulgação
A “cidade das águas” está enfrentando uma seca em uma época do ano em que as enchentes costumavam ser uma preocupação.
Em pleno fevereiro, táxis aquáticos, ambulâncias e gondôlas estão encalhados nos canais de Veneza. Apesar dos níveis extremamente baixos de água severamente baixos impossibilitarem a navegação de alguns dos canais internos de Veneza, o Grande Canal da cidade e outras vias navegáveis principais, como o Canal Guidecca, permaneceram navegáveis.
Muitos fatores podem explicar este cenário. A maré baixa está relacionada com correntes marítimas, um sistema de alta pressão e a lua cheia. Cientistas e grupos ambientais, incluem nas causas o fato de os Alpes terem recebido receberam menos da metade da queda de neve habitual para o inverno.
Europa vive onda de calor sem precedentes
“Estamos em uma situação de déficit hídrico que vem se acumulando desde o inverno de 2020-2021”, disse o especialista em clima Massimiliano Pasqui, do instituto italiano de pesquisa científica CNR, em entrevista ao Corriere della Sera. “Precisamos recuperar 500 mm nas regiões do noroeste: precisamos de 50 dias de chuva.”
Neste inverno, os Alpes tiveram 53% menos neve do que o normal, e o rio Po, no norte da Itália, tem 61% menos água, de acordo com o grupo ambientalista Legambiente, que alerta ainda para o fato de outros rios e lagos italianos estão baixando.
Segundo o The Guardian, O Lago Garda, maior lago do país localizado no norte da Itália, está em seu nível de inverno mais baixo em 35 anos.
No ano passado, durante a pior seca da Itália em 70 anos, o país declarou estado de emergência nos arredores do rio Pó, onde ocorre cerca de um terço da produção agrícola do país. A boa notícia é que os boletins meteorológicos mais recentes preveem precipitação, incluindo queda de neve alpina, em um futuro próximo.
Com informação da Reuters
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