02/06/2021

Em 2020, os exportadores de carnes brasileiras comemoraram as vendas em alta e a tendência para este ano é que estes números sejam maiores.

Os embarques de carnes de frango somaram 4,2 milhões de toneladas, de suínos foram 1 milhão de toneladas, e de bovinos, 2,3 milhões de toneladas. Juntos, tiveram um faturamento de aproximadamente US$ 16 bilhões.

A tendência para este ano é que estes números sejam maiores.

 Não faltam motivos para que o Brasil bata um novo recorde de exportações e de faturamento, puxados, sobretudo, pelos vorazes apetites asiáticos.

Cortes que valem mais que partes nobres

Mas engana-se quem imagina que, nos navios brasileiros, tem apenas filés, peitos ou pernis.

Na lista das demandas externas, há pés de frango, pescoços de peru e de pato, bochecha de porco, miúdos e tripas de boi.

No exterior, pescoço de peru e orelha de porco fazem sucesso; na China, pé de frango é mais caro que peito.

São cortes que, lá fora, valem mais que partes nobres aqui, como peito de frango e pernil de porco.

"Há componentes culturais que justificam que, em alguns países, patas de frango ou orelhas de porcos sejam mais valorizadas que os cortes mais desejados no Brasil", afirma o gerente executivo de Relações Institucionais da BRF, Luis Tavares.

Destinos

Na China, em Hong Kong ou na União Europeia, são sempre as preferências gastronômicas dos importadores que ditam as regras do mercado - hoje é a Ásia quem dá as cartas.

Entre janeiro e abril deste ano, só de tripas de boi o Brasil exportou 10 mil toneladas, e de miúdos -que inclui até útero de vaca e testículos de boi - já foram outras 47 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, compilados pela Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec). Até o final do ano, o cardápio vai ser incrementado.

Com informação da VOL Economia

Fotos: Divulgação