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Empresários criam "superalimento" em pó com produtos da Amazônia 



Empresários criam "superalimento" em pó com produtos da Amazônia 

03/02/2022




Se alguém nos dissesse há 20 anos que muito em breve poderíamos nos alimentar com produtos completamente naturais e nutritivos, preparados com técnicas semelhantes às usadas pela NASA para alimentar seus astronautas, certamente seria difícil de acreditar.

 

 

A ideia é dos sócios Max Petrucci e Edgard Calfat, que tiraram do papel a MAHTA - Nutrição regenerativa da floresta

 

 

Mas o futuro já começou. E não só esta é uma realidade, como ela ainda tem potencial para beneficiar não apenas quem consome, mas também quem produz de maneira sustentável, isto é, respeitando e preservando os ciclos da natureza.

 

 

A ideia é dos sócios Max Petrucci e Edgard Calfat, que tiraram do papel a MAHTA - Nutrição regenerativa da floresta, empresa que criou um superfood (superalimento) em pó que pode ser consumido como complemento de uma refeição, lanche da tarde, ou um jantar leve.

 

 

Da Amazônia

 

A grande sacada está na origem dos produtos: todos os ingredientes que compõem o produto são provenientes de comunidades tradicionais da Amazônia e de pequenos agricultores que operam no modelo SAFs (Sistemas Agroflorestais).

 

 

Segundo Petrucci, o surgimento da Mahta é reflexo de uma transformação do mercado e da forma como consumimos. "Entendemos que essa abordagem regenerativa é o único caminho possível do ponto de vista do modelo econômico.

 

 

O que queríamos, desde o começo, era um negócio que fizesse alimentos que otimizassem o microbioma, ou seja, aquilo que comemos, nossa biologia, e o macrobioma, que é todo o tecido socioambiental da Amazônia”, explica.

 

 

Para isso, a Mahta adquire produtos saudáveis cultivados por pequenos produtores a partir da floresta em pé, como os da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA, de Rondônia, e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), do norte de Mato Grosso, entre outros.

 

 

Tipicamente amazônicos, ingredientes como cacau, cupuaçu, açaí, coco, castanha-do-pará, taperebá, bacuri, graviola e cumarú encontram, então, com tecnologia de ponta para se tornarem o superalimento da Mahta.

 

 

A técnica usada é a liofilização, processo de desidratação no qual a água é removida por meio de passagem direta do estado sólido para o gasoso (sublimação), semelhante àquela da qual se beneficiam os astronautas em viagens espaciais.

 

 

Atletas e simpatizantes das práticas de trilhas ou de esportes em meio à natureza também usufruem desse tipo de alimento para reduzir o carregamento de pesos em excesso.

 

 

Com a liofilização, um alimento como o açaí tem preservada 98% de sua qualidade nutricional do açaí, conforme explica Petrucci. “Investimos muito em pesquisa, ciência de ponta, busca por ingredientes nutritivos e, claro, como conservá-los. O que estamos fazendo ao adquirir esses produtos da floresta é desenvolver algo de alto valor agregado, que converse com consumidores que buscam esse modelo de consumo”, completa.

 

 

Alimentação do futuro

 

A alimentação é um tema universal e sua evolução acompanha as mudanças da sociedade ao longo dos anos. Este, no entanto, não é um tema que se restringe à questão biológica, isto é, à necessidade do nosso corpo de ser suprido com nutrientes. A comida é também reflexo de outros aspectos, como econômicos, sociais e culturais.

 

 

Diversos fatores têm influenciado o modo como nos alimentamos, tais como o desenvolvimento tecnológico e as mudanças no modo de produção tanto da agricultura quanto da própria indústria. A globalização e a consequente intensificação do comércio entre os países também aparecem como fatores que influenciam nossa alimentação.

 

 

Outro ponto relevante são as crises, como a climática e, mais recentemente, a da pandemia. Uma pesquisa conduzida pela Accenture logo no início da pandemia, em 2020, mostrou que 50% dos consumidores disseram estar fazendo compras mais saudáveis e que pretendiam manter esse comportamento.

 

 

Além disso, dados levantados pelo Instituto Akatu revelam que como resultado da crescente preocupação com a saúde, bem-estar e com o meio ambiente, cada vez o consumidor procura por produtos seguros e de qualidade. Essa busca, então, promove um movimento de maior demanda por informações sobre produtos como: origem, certificações e atributos em geral, gerando consumidores mais conscientes.

 

Bioeconomia

 

Para o fundador da Mahta, a bioeconomia tem um potencial enorme nesse novo mundo. “A alimentação é o mais óbvio dentro desse contexto. Embora incipiente quando comparada àquilo que é produzido pelo agronegócio, a produção baseada na floresta em pé é uma cadeia de muito potencial que, com ajuda, pode ser desenvolvida. Para salvar a Amazônia, vamos precisar focar nisso. Estamos falando de algo que é urgente”, finaliza.

 

 

A Mahta é um dos seis negócios que serão acelerados pela AMAZ, aceleradora de impacto que conta com um fundo de financiamento híbrido de R$ 25 milhões para investimento em negócios nos próximos cinco anos, o primeiro voltado exclusivamente para a região amazônica.

 

 

Os outros selecionados foram BrCarbon, Floresta S.A., Inocas, Soul Brasil e Vivalá. Eles passarão por um processo de aceleração em 2022 e receberão investimento inicial de R$ 200 mil, havendo possibilidade de reinvestimento de outros R$ 400 mil ao final do processo.

 

 

Juntos, os negócios selecionados têm um potencial de impacto, entre cinco e dez anos, de mais de um milhão de hectares de florestas preservados, mais de 700 mil toneladas de emissão de carbono evitadas anualmente, 3,7 mil hectares de florestas recuperadas, centenas de famílias beneficiadas e injeção de cerca de R$ 30 milhões em comunidades locais.

 

 

Com informação do Un so planeta

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