O Ministério da Economia divulgou, nesta quinta-feira (29/7), o relatório do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente ao mês de junho. De acordo com o documento, o número de trabalhadores celetistas no Brasil cresceu no mês passado, com saldo positivo de 309.114 novos vínculos. Na Região Norte o aumento foi de 1,17%.
Se por um lado o número de admissões foi elevado, com 1.601.001 de vagas preenchidas, o de desligamentos também não ficou atrás, com 1.291.887 de pessoas demitidas. No acumulado de 2021, o Cadastro contabilizou 40.899.685 de vínculos. No macro, porém, o número de admissões se destaca.
De acordo com o Novo Caged, este ano (até junho), o sistema registrou cerca de 1,5 milhão de novos empregos, decorrente de 9,5 milhões de admissões e de 8 milhões de desligamentos.
Região Norte
De acordo com o Caged, todas as regiões brasileiras apresentaram saldo positivo de empregos, com destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste, que tiveram, respectivamente, 1,17% e 1,02% de crescimento no último mês. “Todas as unidades da Federação continuam criando empregos. Estamos criando quase 1 milhão de empregos a cada 3 ou 4 meses, à medida que a vacinação em massa avança no país, o retorno seguro ao trabalho está ocorrendo”, disse Guedes.
Setores
Com salário médio de R$ 1.806,29, os setores de serviços e o de comércio foram os que mais empregaram, sendo a maior concentração de oportunidades, mais de 67 mil vagas, nas atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o crescimento do trabalho formal, especialmente nesses dois setores, demonstra a retomada do país após a economia ser “golpeada” pela pandemia do novo coronavírus.
“Mergulhamos no desemprego aberto, mas reagimos, retomando o crescimento da economia e criando novos empregos em ritmo acelerado. O comércio e o setor de serviços, que foram as grandes vítimas e sentiram mais impacto da pandemia, agora estão liderando a retomada e são os setores que geram mais empregos”, disse durante coletiva de imprensa.
"Encargos provocam desemprego"
Ainda durante a coletiva de imprensa, o ministro Paulo Guedes criticou o sistema de legislação trabalhista brasileiro. Para Guedes, os encargos trabalhistas da forma como são cobrados hoje são uma “arma de destruição em massa” de empregos.
“Os encargos são responsáveis por esse desemprego aberto de milhões de brasileiros, que estão excluídos do mercado formal de trabalho. Devemos a essas pessoas a carteira verde e amarela, todo mundo tem direito de trabalhar. Temos um sistema obsoleto, anacrônico e destruidor de empregos", criticou o ministro. Segundo Guedes, para cada brasileiro celetista, outro está desempregado.
“Custa muito criar um emprego no Brasil. Custa o dobro do que recebe o assalariado. Em qualquer país do mundo, o trabalhador leva 80 % do valor total, no Brasil ele fica com a metade. (Por isso) Para cada um que consegue emprego no mercado formal outro fica desempregado”, ressaltou.
Redação
|