Os colombianos vão decidir quem será o próximo presidente do país no segundo turno das eleições, em 19 de junho.
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O senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro disputará a presidência da Colômbia com Rodolfo Hernández, um milionário azarão
A disputa será entre o candidato de esquerda ou centro-esquerda Gustavo Petro — ex-guerrilheiro, economista e senador, que disputa a Presidência pela terceira vez — e o candidato de direita Rodolfo Hernández — engenheiro, ex-prefeito de Bucaramanga, muitas vezes classificado como "populista", "escrachado" e "outsider da política".
As bandeiras de Petro, de 62 anos, são justiça social, reforma agrária — "democratizar a terra" —, cobrança de impostos às grandes fortunas para "gerar bem-estar e inclusão social" e uma "economia produtiva e com estabilidade econômica". Petro também defende o fim do serviço militar obrigatório e a ampliação de áreas de Direitos Humanos nas Forças Armadas e policiais.
Petro, da coalizão Pacto Histórico, tem insistido que não pretende confiscar ou nacionalizar empresas e criticou os governos da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua, mas ainda assim não conseguiu evitar a rejeição do empresariado e dos setores conservadores do país. Sua defesa de renegociação dos acordos de livre comércio em vigor, que incluem os Estados Unidos, desagrada o empresariado.
A principal bandeira de Hernández, de 77 anos, é o combate à corrupção — quase único assunto sobre o qual insistiu na sua estratégia de comunicação através das redes sociais, apesar de ele ter problemas com a Justiça por denúncias de irregularidades quando foi prefeito de Bucaramanga.
Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, defende o uso medicinal da maconha, a criação de uma renda mínima para os mais pobres e aposentadoria também para aqueles que não contribuíram para a previdência, mas não deu detalhes sobre de onde viriam os recursos.
Com informação da BBC News
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