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Dia Mundial do Coração: bons hábitos de saúde podem evitar doenças cardiovasculares



Dia Mundial do Coração: bons hábitos de saúde podem evitar doenças cardiovasculares

29/09/2021




Conscientizar a população sobre os principais fatores de risco da doença cardiovascular, a que mais mata no mundo, é o objetivo do Dia Mundial do Coração, celebrado mesta quarta feira (29/9).

 

 

 

Pacientes que tiveram um quadro clínico grave pela covid-19 vão precisar passar por uma reabilitação cardíaca para voltar a praticar exercícios

 

 

 

“Mata muito mais do que câncer, do que acidente automobilístico e do que a covid-19”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o diretor de Comunicação da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Bruno Bandeira.

 

 

A campanha visa, principalmente, à conscientização dos bons hábitos de saúde, como uma boa e equilibrada alimentação, o abandono por completo do tabagismo e a prática de atividade física regular cinco vezes por semana, durante 30 minutos.

 

 

“Com a atividade física, a gente vai sair do sedentarismo e reduzir a obesidade, além de controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar. Ou seja, evitar a hipertensão, o colesterol elevado e o diabetes. Essas são as principais recomendações em relação à prevenção das doenças cardiovasculares. Controlando isso, a gente vai evitar essas doenças”, afirmou o cardiologista.

 

 

Números

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares responderam por 32% de todas as mortes globais ocorridas em 2019, totalizando 17,9 milhões de pessoas, sendo 85% delas de infarto ou derrame.

 

 

Dados do Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostram que de janeiro deste ano até as 16h07 de ontem (28), o número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil alcançava 299.304 pessoas.

 

 

Melhor caminho

 

A SBC mostra ainda que, no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma doença cardiovascular e pelo menos 400 mil morrem anualmente em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.

 

 

O cardiologista Esmeralci Ferreira, do setor de hemodinâmica do Hospital Pan-Americano, lembrou que “é muito mais fácil cuidar da saúde do que da doença. Sendo assim, a prevenção de fatores de risco é o melhor caminho para evitar doenças cardiovasculares”.

 

 

Confirmou que manter hábitos saudáveis é fundamental para preservar a saúde do músculo cardíaco. Segundo o médico, os principais cuidados com a saúde do coração estão relacionados a fatores comportamentais e hábitos fáceis de serem incorporados no dia a dia.

 

 

“Para quem não tem nenhum tipo de doença, o ideal é consultar um cardiologista uma vez por ano. E para quem tem alguma comorbidade, de duas a quatro vezes por ano. Atividades físicas são essenciais e podem ser feitas de maneira prazerosa, como caminhadas ao ar livre, subir e descer escadas em vez de usar o elevador e andar de bicicleta”.

 

 

Manter uma alimentação saudável, evitar o excesso de álcool e não fumar também melhoram a saúde do coração, recomendou Ferreira.

 

 

O especialista citou também outro problema comum na atualidade, que são os altos níveis de estresse. Eles podem estimular problemas cardíacos, porque a aceleração dos batimentos é capaz de aumentar a pressão arterial.

 

 

A pressão alta, por sua vez, tem impacto no coração, acarretando maior risco de infarto e AVC. “Às vezes, pequenas medidas, como realizar refeições tranquilas, sem estresse e sem fazer uso de celulares e televisões, podem ajudar a preservar a saúde do coração. Coma com prazer e qualidade. Isso faz diferença, inclusive no alívio do estresse”, sugeriu o cardiologista.

 

 

Covid-19

 

Outro tema em destaque no Dia Mundial do Coração é a covid-19 e seus efeitos na saúde do coração. O coordenador da Unidade Coronariana da Casa de Saúde São José (Rede Santa Catarina), Gustavo Gouvêa, chamou atenção para os cuidados com o coração e os riscos na pandemia.

 

 

Ele admitiu que a covid-19 pode afetar diretamente o coração, causando uma inflamação chamada miocardite, decorrente do próprio vírus que gera a doença. Isso pode ocasionar uma arritmia e até manifestações parecidas com um infarto.

 

 

Gouvêa orientou que os pacientes com covid-19 que tenham sintomas de doenças cardiovasculares, como dor no peito, palpitações e desmaios, devem procurar uma emergência ou um cardiologista para fazer exames específicos, entre eles eletrocardiograma, ecocardiograma e dosagem de enzimas.

 

 

Alertou que depois da fase aguda da doença, é preciso seguir com o acompanhamento médico para verificar se a inflamação foi revertida e se houve alguma sequela.

 

 

Pós-covid

Gustavo Gouvêa informou que 85% dos casos dos pacientes com covid-19 são leves, de pessoas tratadas em casa e sem gravidade. Para esse grupo, após o período de 10 a 14 dias, é possível retomar a rotina, inclusive as atividades físicas.

 

 

Para os 15% que tiveram um quadro clínico mais grave, com hospitalização, é preciso fazer uma avaliação clínica ou cardiológica para garantir que não há nenhuma sequela, especialmente para retomar exercícios físicos.

 

 

Segundo o especialista, uma parcela desses pacientes vai precisar passar por uma reabilitação cardíaca para voltar a praticar exercícios, com supervisão. “Muitos perderam massa muscular, pois ficaram dias acamados. Para retomar as atividades, devem passar por um programa específico para recuperar, lentamente, sua saúde e o vigor físico".

 

 

 

Com informação da Agência Brasil

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