O Comitê de Política Monetária (Copim) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (4), por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em 1 ponto percentual. Com isso, o índice foi de 11,75% para 12,75% ao ano — o maior patamar desde fevereiro de 2017, quando a taxa estava em 13%.
O movimento já era esperado por economistas. Essa é a décima alta consecutiva aplicada pelo BC à taxa Selic desde o início do aumento da inflação, em março de 2021. A taxa chegou a ter o menor valor histórico de 2% em agosto de 2020 para
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu nesta quarta-feira (4) a meta para a taxa básica de juros (Selic) em mais 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano, mesma dose aplicada na reunião anterior.
A decisão era amplamente esperada pelo mercado, após o próprio comitê ter sinalizado isso aos investidores 42 dias atrás. No comunicado, o Copom tirou uma dúvida do mercado e indicou que o clico de alta na Selic vai continuar na próxima reunião, mas que o ritmo de elevação será em magnitude menor.
Ganhar retorno nominal de 1% ao ano
A Selic alcança assim seu nível mais alto desde o início de 2017, e dá de volta ao investidor brasileiro a chance de ganhar retorno nominal de 1% ao mês nas aplicações de renda fixa, embora em um cenário inflacionário que não deixa muito juro real de sobra.
Vale notar que a trajetória de alta da Selic começou em março de 2021, quando a taxa básica ainda estava em 2% ao ano, nível mais baixo desde que o regime de metas de inflação foi adotado pelo país no fim dos anos 1990.
Mesmo com os juros sendo multiplicados por seis em um ano, a inflação ainda não dá sinais de queda, com o IPCA nos últimos 12 meses até março acima de 11%, e as projeções de inflação se distanciando das metas de 3,50% para 2022 e de 3,25% para o ano que vem, estando respectivamente em 7,89% e 4,10%, de acordo com o último Boletim Focus.
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