O topo da lista das pessoas mais ricas do mundo é repleto de celebridades do mundo dos negócios. O mais rico deles, Jeff Bezos, dono da Amazon; Elon Musk, da Tesla; Bil Gates, da Microsoft; Mark Zuckerberg, do Facebook, e Larry Page, do Google, estão lá. Warren Buffett, dono da gestora Berkshire Hathaway e grande guru do mundo dos investimentos também estrela o rol.
Bernard Arnault dono da Moët Hennessy Louis Vuitton SE, ou LVMH o homem mais rico da Europa
Há, porém, um estranho entre eles –e sua fortuna está crescendo (bem) mais rápido que a dos outros. Trata-se do empresário de 72 anos Bernard Arnault, dono da francesa “Moët Hennessy Louis Vuitton SE”, ou LVMH, responsável por 75 grifes de 6 setores do mercado de luxo: moda e artigos de couro, relógios e jóias, perfumes e cosméticos, vinho e destilados, seletas lojas de varejo e também arte, cultura e estilo de vida.
O principal negócio é a marca de bolsas que chegam a custar US$ 20 mil, a Louis Vuitton. Também pertencem ao grupo de Arnault as marcas de moda Dior e Givenchy, as joalherias Tiffany e Bvlgary, as vinícolas de espumantes Moët & Chandon e uma lista de mais de 60 outras marcas de altíssimo padrão.
No top 10 do ranking
No início desta semana, Arnault ultrapassou por um pequeno punhado de bilhões o dono da fabricante de veículos elétricos Tesla, Elon Musk, e se tornou o segundo homem mais rico do mundo, de acordo o ranking diário de bilionários da Bloomberg.
Arnault hoje tem US$ 159 bilhões; Musk, US$ 157 bilhões. No início do ano, o controlador e presidente da LVMH já havia deixado para trás Bill Gates também, hoje no quarto lugar, com US$ 141 bilhões.
Arnault, o homem mais rico da Europa, não só é menos badalado que os colegas bilionários, como também destoa do restante do ranking de outras formas: francês, é o único do top 10 que tem os negócios fora dos Estados Unidos e, afora o mega-investidor Warren Buffet, do mercado financeiro, é também o único que não vem do setor de tecnologia.
Luxo em alta, tecnologia em pausa
Uma mistura, porém, de explosão do mercado de luxo pós-pandemia com freio na euforia das ações de tecnologia ajudou a fortuna do executivo da Louis Vuitton e da Tiffany a crescer muito mais rápido do que a dos seus pares.
Do começo do ano até aqui, as ações da LVMH já subiram 23% na bolsa de Paris, onde estão listadas, acompanhando um impulso no preço das empresas ligadas a luxo e consumo, conforme as vacinas avançam na Europa e o crescimento da região indica que será forte nos próximos meses.
As ações da também francesa L’Oréal –companhia do 11º homem mais rico do mundo, Françoise Bettencourt Meyers, e o segundo na lista da Bloomberg fora dos EUA– avançaram 15% em 2021. As da espanhola Inditex, dona da Zara e patrimônio do 12º mais rico, Armancio Ortega, ganharam 23%.
Já as da Tesla, principal ativo no patrimônio de Musk, caíram 17% desde o começo do ano na Nasdaq, em Nova York. A queda é, ao mesmo tempo, uma correção da alta fenomenal de 740% do ano passado e um reflexo das fortes perdas na cotação do bitcoin, moeda virtual na qual a montadora havia acabado de aplicar US$ 1,5 bilhão, em fevereiro.
A Nasdaq, bolsa com forte participação das companhias de tecnologia e onde estão Amazon, Facebook, Microsoft e Alphabet, dona do Google, além da Tesla, sobe 5% desde o começo de 2021.
Bilionário veterano
Esta não é a primeira vez que Arnault chega ao pódio dos bilionários: em 2019 e 2020 ele já vinha rivalizando com Bill Gates e flertou com a segunda posição na lista da Bloomberg algumas vezes.
O choque da pandemia, porém, o jogou para trás novamente, enquanto as ações dos colegas da tecnologia explodiam.
Com informação da CNN Business
Fotos: Divulgação
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