O Centro de Manaus tem 1.656 prédios históricos, dez praças e 11 armazéns. A lista consta no Decreto 7.176/2004 e está sendo atualizada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Essa quantidade pode ser alterada.
Rua Bernardo Ramos, no Centro Histórico: área de preservação arquitetônica (Foto: Marcio James/Semcom)
Os técnicos da Gerência de Patrimônio Histórico verificam divergências no cadastro como os números dos imóveis no Boletim de Cadastro Imobiliário, tipos de vias e nomes de ruas.
O registro de dados inclui fotos dos imóveis. Novas unidades foram incluídas entre as classificadas como de interesse de preservação de 1º e 2º graus.
Dados sobre fachadas e cobertura também servem para avaliar se o imóvel está abandonado.
Luiza Lacerda, gerente de Patrimônio Histórico, explica que são revisadas discordâncias como numerações desencontradas, localização e duplicidade de endereços. Também são observados nos imóveis sinais de descaracterizações, demolições e sinistros ocorridos após o decreto.
“Estamos valorizando a manutenção das edificações que são relevantes para o valor histórico e simbólico do patrimônio edificado de Manaus dentro do Centro Antigo. O trabalho em campo e o uso de novas tecnologias permitem inclusive excluir imóveis que não existem mais ou já estão totalmente descaracterizados”, disse.
Revisão
O diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, afirma que desde 2004 a lista não é revisada.
“Durante todo esse período, decretos tiraram alguns imóveis da lista, ocorreram reformas ou até mesmo total abandono e ruínas de alguns bens. Têm unidades que desapareceram e outras foram reestruturadas, e não faz mais sentido estarem na lista. A atualização com georreferenciamento e mapas geográficos modernos vai permitir uma melhor leitura e compreensão do Centro Antigo edificado”, disse.
A revisão, segundo o diretor de Planejamento Pedro Paulo Cordeiro, foi iniciada, mas não finalizada nos últimos cinco anos.
“Agora temos uma compilação ampla, retirando, inclusive, duplicidade de endereços e de imóveis citados tanto em primeiro quanto em segundo grau, além da importante revisão com vistoria em campo, com todos os imóveis tombados nos níveis de interesse federal, estadual e municipal”.
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