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Caso DJ Ivis exemplifica naturalização da violência contra mulher, diz promotora



Caso DJ Ivis exemplifica naturalização da violência contra mulher, diz promotora

13/07/2021




 

Promotora de Justiça do Enfrentamento à Violência Doméstica, Nathalie Malveiro afirmou que o caso do DJ Ivis, filmado agredindo a ex-mulher, é fruto de uma naturalização de agressão às parceiras em relacionamentos afetivos.

 

 

A promotora disse que as imagens das agressões causam indignação

 

 

"Essa naturalização da violência contra a mulher faz com que os homens entendam que é normal isso", apontou a promotora. "Provavelmente, ele viu algum parente tratando as esposas dessa forma e, para ele, essa é uma situação normal, por isso que ele consegue dar uma desculpa esfarrapada para uma situação de violência absurda", completou.

 

 

Atos violentos com testemunhas

 

As imagens, gravadas por câmeras de segurança do apartamento em que o casal morava, em Fortaleza, mostram Iverson de Souza Araújo, mais conhecido como DJ Ivis, puxando o cabelo, dando socos e chutes na sua ex-mulher, Pamella Holanda.

 

 

Os vídeos mostram os atos violentos na frente da filha e de outras duas pessoas. O vídeo foi divulgado nas redes sociais da vítima.

 

 

Também nas redes sociais, DJ Ivis alegou que Pamella dizia que iria se matar e não estava mais aguentando as chantagens.

 

 

Para Nathalie, a inação das testemunhas, em especial do homem que presencia a violência, também é exemplo do machismo presente na sociedade brasileira.

 

 

"Enquanto ele tá agredindo a esposa, tem um homem que sai da sala como que dizendo 'o assunto não é comigo' e é muito chocante isso", disse a promotora. "Isso vem de anos e anos de violência e vulnerabilidade da mulher em um relacionamento afeito, a ponto da testemunha achar que o que ele fez nem é tão grave."

 

 

Lei Maria da Penha

 

Para a promotora Nathalie Malveiro, a Lei Maria da Penha é uma das melhores de enfrentamento à violência doméstica do mundo. Apesar disso, ela diz que o país ainda necessita de um sistema criminal que acolha as vítimas.

 

 

"Falo desde a polícia até o Judiciário [estarem] preparados para acolher essas vítimas de violência, para entender esse contexto que mulher esteja inserida. O que vemos é que quando a vítima procura o auxílio da autoridade policial ou quando o processo é iniciado, os envolvidos não entendem a situação daquela mulher e colocam o julgamento em cima dela", disse Nathalie.

 

 

"Estamos em um momento em que precisamos nos capacitar melhor. Vivemos numa sociedade machista, patriarcal, então, precisamos começar a olhar para essa situação pelo ponto de vista da educação para entender por que quando ocorre algo assim a gente fica chocado, mas a reação da sociedade logo passa e o Poder Judiciário acaba não enfrentando essa situação da forma adequada."

 

 

Com informação da CNN Brasil

Fotos: divulgação

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