Onze dias após a morte de Elizabeth II, o funeral de Estado, a última cerimônia antes do sepultamento da monarca que reinou por 70 anos, começou em Londres e deve durar nove horas até o sepultamento da monarca.
Mais de cem presidentes, chefes de governo e membros da realeza de todos os continentes do mundo participam agora da cerimônia de funeral de Estado da rainha.
O caixão deixou a Abadia de Westminster, onde a rainha se casou e foi coroada, e seguiu em cortejo até o Arco de Wellington. De lá, o caixão será levado, em carro, para o Castelo de Windsor, acompanhado pela família real.
Em Westminster, um sermão dado pelo arcebispo da Cantuária, Justin Welby, exaltou a vida da rainha e a liderança que exerceu durante seus 70 anos como chefe de Estado. "Aqui a rainha Elizabeth casou e aqui foi coroada. Agora nos reunimos, milhares de pessoas de todo o mundo, para lamentar a sua perda", iniciou o decano de Westminster, que conduziu a cerimônia religiosa.
"Sua majestade declarou celebremente em uma transmissão no seu aniversário de 21 anos que sua vida inteira seria dedicada a servir à nação e à Comunidade Britânica", disse ele. "Raramente uma promessa foi tão bem cumprida (...). Sua majestade deu exemplo não apenas por sua posição ou sua ambição, mas por aqueles que ela seguia."
Antes da cerimônia religiosa, a secretária-geral da Comunidade Britânica, Patricia Scotland, foi a primeira a falar. Ela fez uma leitura da primeira epístola de São Paulo aos Coríntios.
Em seguida, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, fez a segunda leitura do funeral de Estado. Ela leu uma passagem do Evangelho de João que diz respeito à promessa feita por Jesus de que seus seguidores terão um lugar no paraíso: "eu sou o caminho, a verdade e a vida", diz Cristo, segundo a passagem.
Em seguida, o coral cantou um hino que havia sido entoado no casamento da então princesa Elizabeth com Philip Mountbatten, em 1947. A música tem base no Salmo 23, que começa com o versículo "o senhor é meu pastor e nada me faltará".
Procissão
Após uma procissão de cerca de 10 minutos do Palácio de Westminster - onde um velório público atraiu milhares de pessoas durante cinco dias -, a sede do Parlamento britânico, o caixão da rainha Elizabeth II chegou à Abadia de Westminster, onde cerca de 2 mil pessoas acompanharão seu funeral de Estado. A igreja é a mesma onde a monarca casou, em 1947, e foi coroada cinco anos depois.
"Eu sou a ressurreição e a vida", cantava o coral, frase bíblica usada em todos os funerais de Estado para reis e rainhas desde o século XVIII.
Família real
A família real seguiu o caixão durante a procissão de entrada na Abadia de Westminster. À frente estava o rei Charles III, acompanhado da rainha consorte, Camilla. Seus irmãos o seguiam, por ordem de nascimento: a princesa Anne e seu marido, Timothy Lawrence, o príncipe Andrew e o príncipe Edward, com sua mulher Sophie.
Logo atrás vinham o príncipe William e a princesa Kate Middleton, acompanhados de seus dois filhos mais velhos, George e Charlotte, de 9 e 7 anos. As duas crianças são, respectivamente, segundo e terceira na linha de sucessão ao trono. Depois de William vinham o príncipe Harry e Meghan Markle.
O cortejo durou menos de 10 minutos e foi acompanhado por membros da Marinha Real e dos Fuzileiros Navais Reais. A procissão foi liderada por cerca de 200 músicos, incluindo tocadores de flauta e tambor dos regimentos escoceses e irlandeses.
A carruagem que leva Elizabeth II é a mesma que carregou os reis Edward VII, George V e George VI, o pai da monarca. Também foi usado no funeral do ex-premier Wiston Churchill.
Com informação da Agência Estado
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