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CPI: Queiroga tem evitado se posicionar sobre pontos que envolvem Bolsonaro gerando irritação



CPI: Queiroga tem evitado se posicionar sobre pontos que envolvem Bolsonaro gerando irritação

06/05/2021




A Comissao Parlamentar de Inquerito (CPI) da Covid no Senado, recebe nesta quinta-feira (6), para prestar depoimento o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. Queiroga tem evitado se posicionar sobre pontos que envolvem Jair Bolsonaro (sem partido), gerando irritação do comando da CPI.

 

Ele se recusou a responder se compartilhava da visão do presidente sobre uso de hidroxicloroquina e disse que não poderia fazer juízo de valor sobre a fala de Bolsonaro quanto a um decreto contra políticas de isolamento.

 

 

Queiroga assumiu o cargo em 23 de março deste ano sob forte pressão de acelerar o processo de imunização da população contra o novo coronavírus e deve ser cobrado sobre as ações do governo federal para obter as doses.

 

 

 

 

 

Nesta semana, já foram ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. O também ex-ministro Eduardo Pazuello falaria nesta semana, mas o general alegou contato com servidores infectados pelo coronavírus e seu depoimento foi adiado.

 

Desconheço guerra química da China

 

O ministro da Saúde afirmou que desconhece "indícios de guerra química na China".

 

Queiroga foi questionado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) a respeito da declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desta quarta (5), na qual o mandatário insinuou que a China teria criado o novo coronavírus.

 

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano [que] ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra?", disse o presidente em evento no Palácio do Planalto, em Brasília. "Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês."

 

"Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês", afirmou Bolsonaro na quarta.

 

Nesta quinta, Queiroga não fez críticas ao comentário do presidente e tentou remediá-lo ao dizer que espera que as relações com o país asiático sejam boas.

 

"Vossa excelência mesmo disse que o presidente não fez menção à China. Eu espero que essas relações continuem de forma positiva e não tenhamos impacto para nossa campanha de vacinação", respondeu o ministro da Saúde.

 

'Não faço juízo de valor'

 

Queiroga, evitou comentar a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na qual sugeriu um novo decreto contra políticas de isolamento social.

 

Renan insistiu na pergunta, questionando se o ministro da Saúde concordava com a fala do presidente e com a medida proposta. Queiroga então respondeu que o presidente se preocupa com a liberdade das pessoas e que concordaria com isso.

 

Bolsonaro discursa durante evento em que sugeriu novamente decreto contra medidas de isolamento

 

Queiroga afirma desconhecer se ministério tem distribuído cloroquina

 

O ministro da Saúde afirmou que não tem conhecimento se a pasta que comanda realiza distribuição de hidroxicloroquina. Queiroga foi questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) se havia autorizado e se a pasta estaria, no momento, distribuindo o medicamento a estados e municípios.

 

"Não autorizei distribuição de cloroquina na minha gestão", afirmou.

 

"Não tenho conhecimento de que está havendo distribuição de cloroquina na nossa gestão", completou.

 

Anteriormente, Queiroga disse que não sofreu pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ampliar o uso da hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19.

 

 

Exaltou ações do novo chanceler para obter vacinas e insumos

 

Em Queiroga exaltou as ações do novo chanceler Carlos França, em especial a negociação com organismos multilaterais e com outros países para a obtenção de vacinas e insumos.

 

França substituiu Ernesto Araújo em abril, que saiu muito criticado por promover uma diplomacia ideológica, com ataques à China e a organizações internacionais.

 

Araújo foi convocado para depor na CPI da Covid, em sessão marcada para a próxima quinta-feira (13), para explicar se houve prejuízo na aquisição de insumos e vacinas, em especial da China, por causa da política internacional de sua gestão.

 

Queiroga também afirmou que a vacina é uma "resposta da ciência". O ministro afirmou que não estamos vivendo apenas uma pandemia e sim uma sindemia. "Temos aspectos sócio-econômicos muito importantes que criam desfechos que são muito desfavoráveis, que podem levar nosso país a uma situação muito complexa". 

 

 

Com informação da Folha de S.Paulo

Fotos:  Agência Brasil

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