A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, nesta quarta-feira (26), reajuste de 3,83% nos salários dos servidores do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) por meio de um projeto de lei encaminhado pelo prefeito David Almeida (Avante).
Foto: divulgção
O presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito e Fiscais de Transporte (Sindtran), Rafael Cordeiro dos Santos, afirmou que a categoria recebeu a aprovação da proposta com alívio. “Em meio a tantas idas e vindas, os servidores estavam temerosos de que não fosse possível a recomposição salarial que se refere à data-base de 2023”, disse.
O representante da classe informou que os servidores estavam cientes do período de restrição ocasionado pela legislação eleitoral e que o reajuste de 3,83% respeitou a inflação acumulada pelo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio de 2022 a abril de 2023.
“Claro que ainda existem pendências, por exemplo, a data-base de 24. Que, por ora, a administração municipal ainda não iniciou diálogo”, ressaltou Cordeiro.
Durante a sessão plenária da CMM, os vereadores Rodrigo Guedes (PP), William Alemão (Cidadania) e Capitão Carpê (PL) questionaram o índice usado para se chegar ao reajuste de 3,83%. Segundo os vereadores, que defendiam a utilização do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e não do INPC, o reajuste deveria ser de 4,18%.
“Persisto que nós fizemos um cálculo e chegamos em um índice diferente, então não pode haver uma injustiça, um erro inflacionário, até porque isso é número, são objetivos e mais uma vez, fora o líder, nós temos líder, vice-líder, para sabermos porque se tratando de índice inflacionário tem que ser aplicado corretamente”, afirmou Rodrigo Guedes.
William Alemão questionou a diferença dos cálculos. “Não importa se é somente 0,35% a diferença, todos esses guerreiros têm direito. Estão de sol a sol, de chuva a chuva e merecem o que é certo e justo”, disse Alemão.
Capitão Carpê também cobrou explicações e questionou a análise em regime de urgência. “O executivo envia em pedido de urgência e nos impede de discutirmos e debatermos essas pautas, sobre temas que precisam ser explicados”, afirmou Carpê.
Líder do prefeito, Eduardo Alfaia (Avante) explicou que o reajuste foi baseado no INPC e no IPCA e que Guedes estaria espalhando informações falsas.
“Se ele tá contrário à matéria, ele que vote contra porque todas as matérias aqui ele fica buscando polemizar, tentando criar factóides. Então, o vereador deveria, pelo menos, se ater a verdade”.
O vereador Fransuá (PSD) ressaltou que o reajuste foi colocado como uma prioridade do prefeito e que a votação era importante para garantir o aumento.
“Sabemos o quanto eles são importantes para o ordenamento do trânsito na nossa cidade. São funções importantíssimas e no momento em que recebemos, nos propusemos a acelerar o máximo possível”.
Raulzinho (MDB) criticou os questionamentos da oposição e que deveriam ter discutido antes do projeto estar pronto.
“Esse projeto teve oportunidade de ser discutido nas comissões. Os vereadores que estão trazendo fake news aqui não participaram das comissões e poderiam ter participado, aí traz fake news para o público, depois do projeto pronto”, criticou Raulzinho.
O vereador Dione Carvalho (Agir) argumentou que os questionamentos dos vereadores se tratavam de um palanque político.
“Vamos parar de brincadeira, porque é um projeto sério, pois as pessoas que estão aqui em cima vão ser beneficiadas. Sem politicagem, sem palanque e sem videozinho”, disse o vereador.
Sassá da Construção Civil (PT) afirmou que as discussões não poderiam deixar os funcionários públicos sem o reajuste. “O importante é que eles estão ganhando alguma coisa e como defendo o trabalhador, me preocupo de não ficarem sem nada. A gente tá querendo ajudar o trabalhador, respeito qualquer colega, mas nunca votei e nem vou votar contra o trabalhador”, disse.
Com informação do A Crítica
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