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Busca por crédito vieram na maioria da Região Norte do país em maio, diz Serasa  



Busca por crédito vieram na maioria da Região Norte do país em maio, diz Serasa  

04/07/2022




A procura por crédito entre os brasileiros cresceu mais de 11% em maio deste ano, em comparação com o mesmo mês em 2021. Os números são do Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito, medido pela Serasa Experian.

 

 

Foto: divulgação

 

 De acordo com o levantamento, a maioria dos empréstimos foi solicitada por pessoas que recebem salários entre R$ 5 e R$ 10 mil por mês. O avanço nesta faixa de renda foi de 13%, maior que a média nacional.

 

 

Na série histórica, o maior percentual foi registrado em todo o índice se deu em maio de 2021, quando houve um crescimento de 50,8%. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, ressalta, no entanto, que o percentual pode não ser uma representação irreal do histórico do levantamento.

 

 

“No mesmo mês, em 2020, houve uma queda de 20,7%, devido ao período de lockdown. Isso invalida essa grande expansão de 50%. É importante considerar que, com o tombo do ano passado, o que seria um crescimento recorde significa apenas uma leve recuperação”, justifica.

 

Região Norte no top

 

Já na análise por regiões, o Norte do país concentra a maior parcela de pedidos por crédito. Ao todo, os sete estados nortistas são responsáveis por 17,8% das solicitações de empréstimo neste período.

 

 

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, aponta que os níveis de desemprego podem ser uma das explicações. “O Norte tem a menor renda per capta do país. Além disso, com a inflação elevada, a população de baixa renda acaba sendo muito afetada”, relembra.

 

 

“Com menor renda, é necessário mais crédito para complementar o orçamento mensal. Apesar de isso não ser uma solução recorrente, pois a população pode acabar se endividando”, afirma”, complementa.

 

 

Desemprego

 

Na última divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o nível de desemprego entre os estados do Norte, de 11,7%, foi o segundo mais alto do país. O percentual, além de ser mais elevado do que a média de todos os estados (11,1%), só ficou atrás do Nordeste (14,9%).

 

 

Rabi também chama a atenção para o emprego dessas linhas de crédito em demandas básicas de curto prazo para tentar manter um certo padrão de consumo. “Os consumidores, mesmo com a alta da taxa de juros, continuam atuando com o modelo de consumo por necessidade e utilizando o crédito para honrar compromissos financeiros”, explica. “Além de complementar o pagamento de itens e serviços prioritários que não puderam ser pagos com o orçamento mensal habitual”, acrescenta.

 

 

Para o professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV), Alberto Ajzental, esse cenário é um alerta de que a situação financeira da população que vai atrás do recurso não vai bem.

 

 

“Se as pessoas não estão conseguindo fechar os orçamentos mensais e estão recorrendo a empréstimos para isso, então é um crédito péssimo. Quando o cidadão pede empréstimo, há um alívio no primeiro momento. No entanto, no mês seguinte, será preciso pagar a prestação do que se pediu emprestado mais os juros”, pondera.

 

 

Diante desse cenário, o especialista ressalta que as chances de um maior endividamento são altas. “Então, se a matemática já não fechava antes, não vai fechar depois, porque piora a situação. As pessoas estão recorrendo a dinheiro externo para conseguir pagar as contas. Vai virar a famosa bola de neve. O que deve ser feito é adequar as despesas às receitas”, enfatiza.

 

 

Apesar disso, o economista ressalta que a concessão de crédito não é uma prática ruim. “Pelo contrário, quando ele é usado para a compra de imóveis ou veículos, por exemplo, significa que a economia vai bem e as pessoas estão poupando dinheiro. Isso mostra que elas estão organizadas financeiramente e que vão usar o valor que sobra das contas, no final do mês, para pagar a parcela do financiamento. Se endividar com um pedido de empréstimo pode ser algo bom, mas não é o caso do país hoje”, conclui.

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