O Brasil atingiu nesta quarta-feira (24) 4.144 casos de varíola dos macacos. Em 24 horas, foram registrados 160 novos casos da doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados brasileiros com o maior número de confirmações da nova varíola, com 2.640 e 508, respectivamente. O Distrito Federal e 23 Estados da União já têm ao menos um caso da doença.
Segundo o ministério, não há registro da varíola dos macacos em Roraima e no Amapá. Apenas uma morte foi confirmada no Brasil.
Se o estado de emergência internacional declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não significa medidas restritivas como as tomadas durante a covid-19, algumas ações precisam ser priorizadas, como a quebra da cadeia de transmissão.
Qual o risco de se contaminar com a varíola de macacos?
Apesar de especialistas do mundo inteiro estarem tentando descobrir a forma exata pela qual o vírus está sendo transmitido, já se sabe que a maioria dos casos (94%) no surto iniciado em maio ocorreu entre homens que mantiveram relações sexuais ou contatos íntimos com outros homens.
Isso faz com que contrair o vírus fora do contexto sexual seja um risco "extremamente baixo", segundo especialistas entrevistados pelo Insider.
Isso não significa, no entanto, que a varíola de macacos seja uma DST (doença sexualmente transmissível). Qualquer pessoa pode contrair o vírus, inclusive crianças, e até da placenta para o feto.
A doença se espalha através dos fluidos corporais: suor, saliva, pus das lesões da pele características do vírus, conversas próximas ou em superfícies como toalhas e lençóis.
É possível contrair a varíola de macacos em piscinas e academias?
De acordo com especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, o vírus monkeypox não é transmitido pela água, o que coloca como "improvável" a sua propagação em piscinas, principalmente se tratadas com níveis adequados de cloro.
No entanto, o compartilhamento de toalhas ou roupas à beira da piscina é fortemente desaconselhado.
Falando ao site SwinSwan, a professora de Medicina Jessica Justman, da Escola de Saúde Pública Mailman de Columbia, nos EUA, também considera "improvável" contrair o vírus da varíola de macacos em academias.
Embora o microrganismo possa ser transmitido por fluidos corporais, como o suor, a maioria dos equipamentos de ginástica não é muito porosa, tornando-se fácil de limpar com práticas de limpeza que se tornaram padrão após a covid-19.
Por isso, higienizem tapetes e aparelhos antes de usar.
Redação
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