O presidente Jair Bolsonaro avisou, nesta terça-feira (15/6), que vetará o projeto de lei (PL) que cria um “passaporte de vacinação”, caso seja aprovado na Câmara dos Deputados.
A vacina vai ser obrigatória no Brasil? Não tem cabimento" presidente Jair Bolsonaro
A proposta, do senador Carlos Portinho (PL-RJ), foi aprovada pelo Senado no último dia 10 e propõe a criação do Certificado de Imunização e Segurança Sanitária (CSS) — que permite que pessoas imunizadas, que tiveram resultado negativo para o novo coronavírus ou para outras doenças infectocontagiosas, tenham a possibilidade de entrar em locais e eventos públicos, tais como hotéis, cruzeiros, parques e reservas naturais.
Bolsonaro ressaltou não acreditar que o PL seja aprovado. “Se para ir para tal país tem que ter tomado tal vacina, se não tomar, não entra. Não acredito que passe no Parlamento. Se passar, eu veto, e aí o parlamento vai analisar o veto. Se derrubar, aí é lei”, disse a apoiadores, na saída do Palácio do Alvorada.
Sobre a vacina
Novamente o presidente aproveitou a oportunidade para desdenhar da vacinação — apesar de vários integrantes do seu governo terem registrado a imunização nas redes sociais:
“O que acha do passaporte da covid? Uma onda aí, estourou nas redes sociais. Sem comentários. A vacina vai ser obrigatória no Brasil? Não tem cabimento. Alguns falam: ‘Ah, que para viajar tem que ter cartão de vacinação’. Olha, cada país faz suas regras”, analisou.
Bolsonaro ainda defendeu a redução dos investimentos em peças publicitárias com informações sobre a pandemia do novo coronavírus. “Alguém precisa de propaganda na televisão sobre covid ou todo mundo sabe o que está acontecendo?”, questionou.
O PL defende a implementação do passaporte por meio de plataforma digital e poderá ter validade fixada com base nos seguintes certificados: Nacional de Vacinação (CNV), Internacional de Vacinação (CIV), Nacional de Testagem (CNT) e Internacional de Testagem (CIT).
Na última segunda-feira, em entrevista a um programa da Rede TV!, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse acreditar que o projeto “não será vetado”. “Não sei a posição do governo, mas creio que não será vetado. A gente está diante de um vírus, e é unânime que vírus é vacina. Para se combater um vírus, tem que ser vacina”, salientou.
Redação com informações da Agência Brasil
Fotos: divulgação
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