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BC sobe Selic a 4,25% ao ano, maior patamar desde fevereiro de 2020



BC sobe Selic a 4,25% ao ano, maior patamar desde fevereiro de 2020

17/06/2021




O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira 16/6, elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,50% para 4,25% ao ano

 

 

 

O aumento representa o maior patamar registrado desde o início de fevereiro do ano passado, quando a Selic estava em 4,50% ao ano.

 

 

Pressão inflacionaria

 

Para a tomada de decisão, o BC considerou que a pressão inflacionária "revela-se maior que o esperado", principalmente entre os bens industriais. Paralelamente, a piora do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribui para manter os preços em alta no curto prazo, apesar da recente valorização do real frente ao dólar

 

 

O Copom ainda deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento da mesma magnitude na próxima reunião, marcada para daqui 45 dias. Se a previsão se cumprir, os juros saltarão para 5% ao ano, mesmo percentual vigente em dezembro de 2019.

 

 

"Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. (...) Essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação", ponderou, sugerindo que o próximo reajuste pode ser ainda maior se a alta nos preços persistir.

 

 

 

Juros x inflação

 

Os juros são usados pelo BC como uma ferramenta para tentar controlar a inflação ou tentar estimular a economia. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair.

 

 

Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. A meta de 2021 é que a inflação seja de 3,75%, mas há uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo — ou seja: pode variar entre 2,25% e 5,25%.

 

 

No ano passado, a inflação fechou em 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%) e acima do centro da meta do governo para 2020 (4%). O índice de maio deste ano, o último divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ficou em 0,83%, a maior alta para o mês em 25 anos, desde 1996 (1,22%). Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 8,06%.

 

 

 

 Consumidor paga mais?

 

 A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos por ela corrigidos. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.

 

 

E poupança ainda rende menos

 

Com os juros baixos, a poupança rende menos devido a uma regra criada em 2012. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais TR (Taxa Referencial). Porém, quando a Selic é igual ou menor que 8,5%, a poupança passa a render 70% da Selic mais TR.

 

 

 

Com informaçção da Agência Brasil

Fotos: divulgação

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