O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira (2) a taxa Selic em 1,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, dentro do esperado pela maior parte do mercado.
Com o aumento, é a primeira vez desde 2017 que a taxa Selic está acima dos dois dígitos, sendo a maior taxa desde maio do mesmo ano, quando o juro básico era de 11,25%.
Trata-se da oitava reunião consecutiva com aumento de taxa, em um ciclo iniciado em março do ano passado, e o processo de aperto monetário mais forte desde 1999, quando, em meio à crise cambial, cambial, o BC elevou a taxa Selic em 20 pontos percentuais em uma única vez.
Projeta redução
Apesar de mais uma alta agressiva, o Banco Central sinalizou, em um comunicado, para uma redução no ritmo dos ajustes já na próxima reunião, que será realizada em março.
A movimentação do Banco Central começou após a taxa Selic chegar a um piso histórico de 2% em meio a sucessivas baixas iniciadas no governo do presidente Michel Temer, com as quedas sendo aceleradas durante o auge da crise da pandemia da covid-19, com o fim de estimular a economia.
Do outro lado, porém, houve também um avanço da inflação, que acelerou, fechando 2021 em alta de 10,06%.
No comunicado que acompanhou a decisão, o BC afirmou ser mais apropriado que o ciclo de aperto monetário avance em território contracionista, enquanto as projeções apontarem para risco de desancoragem nos prazos mais longos.
Com informação do InfoMoney
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