Os números não mentem: há, sim, muita mulher fazendo pesquisa científica no Brasil. De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ( CNPq) , elas formam a maioria dos bolsistas de iniciação científica, mestrado e pós-doutorado. Esses dados não mentem, mas podem enganar.
Isso porque, à primeira vista, eles não contam que as mulheres cientistas podem até ser maioria nas áreas de humanidades ou ciências biológicas, mas estão em minoria gritante nas chamadas hard science, que incluem computação, matemática e outras carreiras nas ciências exatas.
Não contam também que as mulheres são maioria, mas formam a base da pirâmide da pesquisa no Brasil, e dificilmente conseguem fazer parte da nata da ciência no país, que envolve bolsas de prestígio e coordenação de grupos de pesquisa.
Teto de vidrio
Para alguns, é neste ponto que elas se deparam com um "teto de vidro" que as impede de ascender. Mas, para a analista do CNPq Betina Stefanello, que estuda a questão de gênero na ciência, não se trata de uma única e grande barreira que se impõe em determinado ponto da carreira, mas múltiplos obstáculos que as mulheres enfrentam desde muito cedo e que incluem desde o peso dos estereótipos na infância até as múltiplas jornadas de mães cientistas. É o que ela chama de "labirinto de cristal".
Com informação Da CNN Brasil
Fotos: Divulgação
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