Após o ataque de um aluno armado com uma faca e com coquetéis molotov no Instituto Adventista de Manaus, no início da tarde desta segunda-feira (10), duas escolas particulares que funcionam no Centro divulgaram medidas de segurança e proteção.
O Dom Bosco também usou a rede social para anunciar a adoção de detectores de metal
O Dom Bosco terá detectores de metal nos acessos de entrada a partir desta terça-feira (11)
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O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, suspendeu as aulas por um dia, “em medida preventiva, para tomadas de decisões emergenciais”. Os dois estabelecimentos são instituições de ensino católicas, da Rede Salesiana.
“Em medida preventiva e para tomada de medidas emergenciais, considerando o atual contexto na cidade de Manaus no que diz respeito à violência nas escolas, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora decide suspender as aulas no dia 11/04/2023 (terça-feira), para garantir segurança à toda comunidade educativa. Novas orientações serão dadas posteriormente” diz a nota divulgada pela escola em perfil no Instagram.
O Dom Bosco também usou a rede social para anunciar a adoção de detectores de metal. A unidade da zona leste não se posicionou.
Recomendações
O Sinepe-AM (Sindicado de Estabelecimentos Particulares de Ensino do Amazonas) divulgou nota com recomendações de segurança às escolas associadas, com nove sugestões de procedimentos.
“Considerando a escalada de violência vivenciada nos últimos dias em nosso país, o Sinepe-AM está participando de reuniões estratégicas para tratativas de novos procedimentos e protocolos de segurança para as escolas associadas” diz a nota de recomendação emitida pelo sindicato.
Algumas sugestões são para que as escolas particulares reforcem a segurança externa de suas unidades, adotem o uso de detectores de metais, realizem estudos para identificar pontos vulneráveis de invasão com auxílio de profissional especializado e adoção de medidas de prevenção.
Entre as medidas sugeridas, o sindicato defende punição severa para alunos, pais, professores e colaboradores que entrem nas dependências das escolas com objetos perfurocortantes, armas e simulacros (imitação). A recomendação é que nesses casos, o estabelecimento comunique de forma imediata a polícia, o conselho tutelar e o Ministério Público.
A abertura de canal para receber denúncias anônimas com punição rigorosa, com auxílio das autoridades de segurança do Estado também é recomendada.
O Sinepe-AM pede que as escola procedam mudanças físicas no layout e mudem os locais com necessidade de acesso ao público externo, como secretaria e financeiro, para a parte da frente do estabelecimento.
Outra recomendação é que evitem a dissiminação de ataques ou tentativas frustadas. De acordo com o Sinepe-AM, existe estudo científico que aponta que o maior desejo dos autores das ações é a notoriedade.
Bullying e cyberbullying
Enfrentamento ao bullying e ao cyberbullying, com campanhas de conscientização de alunos e famílias, também são recomendações do sindicato.
A entidade sugere que, indentificados agentes ou perfis em redes sociais que pratiquem bullying ou cyberbullying, a escola proceda, conforme a gravidade do caso, a rescisão contratual.
Com informação do Amazonas Atual
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