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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), confirmou, nesta sexta-feira (17), 11 casos de rabdomiólise associada à Doença de Haff no Amazonas ao longo de 2024. Os casos foram registrados nos municípios de Itacoatiara (18,2%) e Parintins (81,8%), a 176 km e 369 km de Manaus, respectivamente.
De acordo com o boletim epidemiológico, os casos estão relacionados ao consumo de peixes e incluem sintomas como dor muscular intensa, urina escura, náuseas e fraqueza muscular. “A investigação é extremamente criteriosa. Seguimos monitorando o cenário e divulgando informações atualizadas à população”, afirmou a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
Investigações e dificuldades na rastreabilidade
As notificações foram investigadas pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais, com apoio técnico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Segundo o boletim, o histórico de consumo de pescado é comum entre os casos, mas a identificação do local de origem dos peixes tem sido um desafio, já que muitos pacientes não souberam informar o estabelecimento ou fornecedor do pescado consumido.
“A notificação e investigação em até 24 horas após os primeiros sintomas é fundamental para o controle e monitoramento”, destacou Roberta Danieli, coordenadora do CIEVS.
Cenário epidemiológico
O documento, disponível AQUI, traça o perfil epidemiológico dos casos no estado, abordando a distribuição temporal e espacial. Com base nas informações coletadas, a FVS-RCP segue alertando a população sobre a necessidade de cautela no consumo de peixes e reforçando o monitoramento ativo das equipes de vigilância.
A Doença de Haff, também conhecida como "doença da urina preta", ocorre pela liberação de uma substância tóxica nos músculos, levando à rabdomiólise. A principal recomendação é buscar assistência médica imediata ao identificar os sintomas mencionados.
As autoridades reforçam a importância de manter a população informada e atenta às orientações de saúde para evitar novos casos.
*Fonte: Secom
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