O ministro Alexandre de Moares, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (10/11) o afastamento de Roberto Jefferson da presidência do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) por pelo menos seis meses.
Moraes considerou que Jefferson, preso por ele em agosto no âmbito do inquérito das milícias bolsonaristas digitais, poderia destruir provas
“Determino a imposição de médica cautelar consistente na suspensão de Roberto Jefferson Monteiro Francisco do exercício da função de presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) pelo prazo inicial de 180 dias”, afirma Moares em um trecho da decisão.
O pedido analisado por Moraes foi feito por parlamentares filiados ao partido. Eles apontam suspeitas de má gestão de recursos públicos do fundo partidário gerido pelo ex-deputado Roberto Jefferson.
Moraes considerou que Jefferson, preso por ele em agosto no âmbito do inquérito das milícias bolsonaristas digitais, poderia destruir provas ou intimidar funcionários da sigla. As investigações até aqui apontam que Jefferson usou recursos do Fundo Partidário para sustentar suas atividades na internet.
Entre elas, diz Moraes em seu despacho, “a disseminação de seus ataques à instituições democráticas e à própria democracia”. Ele citou R$ 429 mil pagos neste ano a uma empresa de marketing digital de Rafaela Duarte, secretária de comunicação do PTB.
“Efetivamente, o que se verifica é existência de fortes indícios de que a estrutura do PTB, inclusive os recursos oriundos do Fundo Partidário, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas proferidas por Roberto Jefferson”, diz o despacho.
Com informação da CNN Brasil
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